Archive for junho 2018

O Anjo-da-Guarda de Arto Halonen e Kevin Frasier


«O caso Hardrup-Nielsen é um dos mais inacreditáveis da História e chegará, em breve, às salas de cinema



Em 1951, um homem caminha pelas ruas de Copenhaga como se estivesse sem rumo. Palle Hardrup dirige-se para um banco, dispara contra o gerente e um funcionário e foge com o dinheiro. Quando é preso e interrogado afirma não se lembrar de nada e as testemunhas oculares corroboram que ele parecia estar numa espécie de transe.

O investigador Anders Olsen descobre que quando Palle cumpria pena de prisão esteve na mesma cela do carismático Björn Nielsen. Juntos, fizeram yoga e meditação – e Olsen começa a suspeitar que Nielsen o hipnotizou e lhe ordenou que roubasse o banco. Anders também suspeita que Nielsen é o misterioso Anjo-da-Guarda, que Palle afirma que lhe envia mensagens de Deus.

Mas este homem foi um ex-colaborador nazi e tudo indica que de facto, alguém quer que arque com as culpas. Quanto mais investiga mais a sua saúde mental começa a entrar em colapso com as maquinações que vai descobrindo e com a hipótese aterradora de alguém poder manipular outra pessoa para cometer um crime.


 
Arto Halonen é um director de cinema e guionista, conhecido pela sua vincada consciência social em relação aos seus objetivos. É uma das poucas pessoas no mundo que entrevistou o assassino Palle Hardrup.

Kevin Frazier é um romancista, escritor de ficção, ensaísta e revisor que mora em Helsínquia. As colaborações anteriores entre Halonen e Frazier incluem o premiado documentário Shadow of the Holy Book.

http://www.planeta.pt/

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Roteiro Cafés de Especialidade (Porto) #RoteiroCafesPortugal

Como sabem uma das coisas que aprecio é o bom café. Os chamados cafés de especialidade.

Sim, sou da opinião que não faz sentido não se permitir ser exigente com o que diariamente bebemos e aceitar simplesmente um mau café sem nunca ficar a conhecer as potencialidades do mesmo. Aprecio o sabor de um bom café arábico.

Quanto ao aroma e sabor o café tem múltiplas variedades que prometem satisfazer os mais exigentes palatos. Há sabores  citrinos, ácidos, doces, desde toques que lembram o chocolat
e até às peculiares notas de caramelo entre muitos outros. É só permitir-se saborear e deixar-se seduzir pela virtuosa essência de um bom café.

Para quem não sabe sou o "maluquinho" que compra café em grão (recém torrado), que pesamói o café momentos antes da extração quer seja através de máquina expresso, cafeteira francesa, aeropress ou V60. Mas não é preciso tanto para beber bom café...

Quanto ao espaço que hoje aqui vos trago:

Escondido numa viela, a escassos metros das margens do Rio Douro, em Vila Nova de Gaia está o  7g (7groasters). O nome do espaço deduzo eu que tenha a ver com as 7g que são necessárias para fazer o expresso perfeito (mais isso é uma dedução pessoal).

É um espaço decorado com muito bom gosto, era um antigo armazém de velharias.

Com uma dimensão satisfatória permite acolher grupos. Divide-se num espaço coberto e numa espécie de esplanada. Como está entalado entre outras construções acaba por estar resguardado das desagradáveis nortadas que muitas vezes dão o ar da sua graça por estes lados. Ainda assim, julgo que uma estrutura de vidro amovível no cimo da esplanada, permitiria aproveitar a esplanada nos dias de chuva e não poria em causa os deliciosos raios de luz que dali provêm e que muito realçam a beleza do espaço.

No espaço coberto, há um espaço "aberto" que (presumo) permite ver o processo da torra. Infelizmente, enquanto lá estive não tive a oportunidade de testemunhar esse processo.


Dispostos pelo espaço interior é possível encontrar e comprar alguns acessórios e o próprio café (com o selo 7g) para poder levar para casa.


Como um café de especialidade que se preze tem baristas (profissionais qualificados e habilitados a tirar café de forma a propiciar e realçar as suas naturais características) este espaço não foge à regra.

Outro dos apelativos deste espaço é um dos profissionais mais reputados do nosso pais, o barista David Coelho, campeão Português em 2014 e bi-campeão em 2016 e 2017, com quem já tive a oportunidade de trocar algumas palavras mas que estava de férias durante a minha visita. :(

A minha experiência: Tive a oportunidade de provar o café e mais tarde, nesse mesmo dia numa segunda visita, lanchar no espaço.

Quanto ao preço, como sabemos a qualidade paga-se, por isso foi com surpresa que deparei com um café de especialidade (expresso) a € 1,00, nada de extravagante, convenhamos. Tive à escolha café do Brasil, Panamá e duas variantes de Etiópia. A minha escolha para o expresso foi uma das variantes de Etiópia e no lanche no cappuccino e no latte foi o blend arábico da casa recomendado pela pessoa que nos serviu.

Há outros espaços no Porto que apregoam ter café de especialidade e que cobram bem mais e ainda assim ponho muitas duvidas quanto à sua qualidade! Duvido da frescura do grão utilizado desses cafés, tal como das condições em que guardam o referido café. E infelizmente dão má reputação e uma ideia errada do que é o café de especialidade. Por isso € 1,00 parece-me um preço mais do que justo e mais que tudo um integro e honesto convite a provar um bom café.


O único detalhe que teve uma nota de desagrado da minha parte foi o copo de água que diligentemente acompanhou o café. A água tinha ligeiro sabor, pretenderia-se que fosse insípida. Quando tive a oportunidade de dar a nota ao pessoal garantiram-me que era filtrada mas concordaram com observação.

Quanto ao pessoal, foi simpático e atencioso, mesmo quando abordado com duvidas e uma ou outra opinião/sugestão. ;)


Classificação: 4.9*
Tendo em conta:
Espaço (Ergonomia, Tamanho, Localização): 5*
Atendimento, logística, restante serviço e restantes produtos: 4,8*
Café: 5*

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Opinião: O Pântano dos Sacrifícios de Susanne Jansson

 



Em tempos, realizavam-se oferendas humanas em pântanos.

Agora, há pessoas a desaparecer…

Crê-se que antigamente os pântanos eram usados como locais onde se realizavam sacrifícios humanos. Por serem pobres em oxigénio, estes terrenos atrasavam o processo de decomposição dos corpos, levando à sua preservação. Há por isso quem acredite que as almas lá enterradas não conseguem encontrar descanso, atraindo até si novas vítimas.

Nathalie Nordström é uma jovem bióloga que se desloca até a um pântano no norte da Suécia para realizar uma experiência de campo. Nathalie cresceu naquela zona, mas partiu quando uma terrível tragédia se abateu sobre a sua família.

Numa noite de tempestade, um mau pressentimento leva-a até ao pântano. Lá encontra um homem inconsciente, prestes a afundar-se. A polícia começa a investigar o caso e acaba por encontrar cadáveres ali enterrados.

Estará o pântano a reclamar mais sacrifícios, como alguns habitantes locais acreditam?.
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É um livro com uma mística muito peculiar. Este é o livro que serve perfeitamente quem gosta de um toque de sobrenatural. A autora tenta manter sempre um manto denso de nevoeiro sobre a história. 


A personagem central do livro é Nathalie, bióloga, uma jovem que regressa à sua terra natal sob o pretexto de estudar as características do pântano. No seu passado existem duas histórias trágicas que a atingiram no âmago e mudaram por completo a sua vida e que só serão reveladas mais para o final do enredo.


O pântano representa também ele um papel relevante, dir-se-ia uma personagem omnipresente em toda a trama, que evoca o misticismo, o mistério e mantém aquela névoa que convenientemente desfoca e coloca em dúvida o leitor. 

Para adensar a sua relevância, neste pântano havia sido encontrado um corpo de uma jovem da idade do ferro, corpo que ficou preservado devido à composição especial destes solos aquosos. Especula-se ainda que estes pântanos eram escolhidos para fazer sacrifícios humanos! Uma série de desaparecimentos mal explicados ao longo dos anos alimenta alguma especulação por parte de alguns dos habitantes.

Outra das personagens que acaba por contextualizar várias das personagens secundárias é Maya, fotógrafa artística e forense, que tenta descobrir numa primeira fase quem atacou Johannes, um jovem estudante, que caiu inanimado perto do pântano. Pelo caminho sente-se atraída pela inusitada história que acompanha aquele pântano. E no final vê-se em mãos com um mistério bem mais complexo e possivelmente mais perigoso do que previra.

Apesar de gostar mais de thrillers psicológicos que envolvam mistérios bem mais "terrenos" não pude deixar de sentir-me intimidado pela história o que me levou a mergulhar mais e mais na trama. Pensar na sua componente real ajudou desde logo a olhar a história sobre outra perspectiva bem mais propensa, receptiva e ser bem menos céptico. Para mim esse foi um trunfo muito bem explorado pela autora.

Convido e provoco o leitor a um mergulho nesta peculiar trama. ;)

Deixo aqui um link para quem goste desta temática e esta é concerteza uma das fontes (histórias) que serviu a história. "O mistério dos corpos de mais de 2 mil anos achados em pântanos da Dinamarca" Fonte: BBC Brasil http://www.bbc.com/portuguese/vert-tra-38102988
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