Archive for setembro 2016

Oferenda à Tempestade de Dolores Redondo



Já passou um mês desde que a inspectora da Policía Foral recuperou o filho e prendeu Berasategui. Contudo, apesar de tanto a Guardia Civil como o juiz Markina darem Rosario como morta, Amaia sente que não está livre de perigo, um desassossego que só  Jonan compreende.
A morte súbita de uma menina em Elizondo é suspeita: o bebé apresenta marcas avermelhadas no rosto que indicam que existiu  ressão digital e o pai da criança tenta roubar o cadáver.

A bisavó da pequenita defende que a tragédia é obra de Inguma, o demónio que imobiliza os que dormem, que lhes bebe a  espiração e lhes arrebata a vida durante o sono.

No entanto, serão as análises forenses do doutor San Martín que convencem Amaia Salazar a investigar outras mortes de bebés, que depressa revelarão um rasto inaudito no vale.

Berasategui morre, de forma inexplicável na cela, o que desencadeia uma trepidante investigação que levará Amaia à verdadeira origem dos acontecimentos que assolam o vale de Baztán. E entretanto, vinda do bosque, uma impressionante tempestade chega para sepultar a mais demolidora verdade.


 
Nasceu em Donostia-San Sebastián em 1969. O Guardião Invisível, o primeiro romance da sua Trilogia do Baztán, granjeou-lhe o entusiasmo de editores de inúmeros países e hoje são já 23 as chancelas editoriais que publicaram a obra em todo o mundo.

Para além do respeito dos leitores, foi aclamada pela crítica como uma das propostas mais originais e contundentes do thriller em Espanha, e deste modo está programada a versão cinematográfica pela mão dos produtores da trilogia Millennium, de Stieg Larsson.

http://www.planeta.pt/

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O Túnel de Pombos - Histórrias da Minha Vida de John le Carré


Dos anos em que serviu nos Serviços Secretos britânicos durante a Guerra Fria, a uma carreira como escritor que o levou do Camboja devastado pela guerra a Beirute à beira da invasão israelita de 1982, e à Rússia, antes e depois da queda do Muro de Berlim, John le Carré sempre escreveu a partir do âmago dos tempos modernos. 

Neste seu primeiro livro de memórias, le Carré é tão divertido quanto incisivo – lendo os acontecimentos que testemunha com a mesma ambiguidade moral com que imbui os seus romances. Quer esteja a descrever o papagaio de um hotel de Beirute que imitava perfeitamente sons de batalha, ou a visitar as galerias de mortos sem sepultura no Ruanda, na sequência do genocídio, ou a celebrar a noite de Ano Novo com Yasser Arafat, ou a entrevistar uma terrorista alemã na sua solitária prisão no Neguev, ou a assistir à preparação de Alec Guinness para o papel de George Smiley.

O melhor de tudo: le Carré dá-nos um vislumbre da jornada de um escritor ao longo de mais de seis décadas, e da sua própria busca pela centelha humana que tanto coração e vida tem dado às suas personagens.


 
John le Carré nasceu em 1931. Estudou em Berna e Oxford, foi professor em Eton e esteve durante cinco anos ligado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, sendo primeiro secretário da Embaixada Britânica em Bona e, posteriormente, cônsul político em Hamburgo. Começou a sua carreira literária em 1961, tendo-se tornado um escritor mundialmente reconhecido com o livro O Espião Que Saiu do Frio, o seu terceiro. 

A consagração de le Carré deu-se com o excelente acolhimento que teve a célebre trilogia de Smiley: Tinker Tailor Soldier Spy , The Honourable Schoolboy e A Gente de Smiley. Entre os seus romances mais recentes, todos eles assinaláveis êxitos de vendas e de crítica, contam-se O Alfaiate do Panamá, Single & Single, O Fiel Jardineiro, Amigos até ao Fim, O Canto da Missão e Um Homem Muito Procurado. Este último, o seu vigésimo primeiro romance, foi publicado em 2008 pela Dom Quixote.

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Uma Morte Conveniente de Sofie Sarenbrant

Em Bromma, um próspero bairro na periferia de Estocolmo, há uma casa à venda. No dia seguinte a uma visita de potenciais compradores, Astrid, de seis anos, filha do dono da casa, encontra o pai morto. Foi assassinado com uma faca da cozinha da casa e não há sinais de arrombamento.
 
Emma Sköld, uma jovem inspetora da polícia, é chamada a investigar o caso. E há uma pista: Astrid afirma que, durante a noite, um desconhecido lhe fez uma festa na cara. Mas Emma começa a suspeitar de Cornelia, mulher da vítima e mãe de Astrid, que se queixava de ser frequentemente agredida pelo marido. E só quando se registam outros crimes relacionados com propriedades à venda é que a sua teoria se desmorona.
 
Qual é a verdade por detrás dos acontecimentos naquele bairro ostensivamente idílico e próspero? E qual é a relação entre as vítimas?
 
Uma Morte Conveniente é o primeiro volume de uma série da já premiada e promissora escritora sueca Sofie Sarenbrant.


 
SOFIE SAREMBRANT é considerada a mais promissora autora sueca de policiais depois de uma rápida ascensão aos tops suecos. UMA MORTE CONVENIENTE foi o seu primeiro livro a cruzar as fronteiras e encontra-se já traduzido em doze países, entre os quais se contam a Alemanha e os Estados Unidos.

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Objectos de Culto #1 Nano Boy

Todos nós temos objectos que nos acompanham no dia a dia, quer pela sua utilidade, pelo seu valor afectivo ou outra razão, o certo é que esses objectos ganham uma importância crescente no nosso dia a dia. De uma conversa nasceu uma ideia interessante, encontrar e apresentar objectos que respeitem 3 conceitos para mim importantes *Utilidade, *Simplicidade e *Design apelativo.

Estes conceitos carregam uma grande dose de subjectividade, mas o conceito desta rubrica é esse mesmo poder divulgar e estimular a discussão ajudando-nos a encontrar objectos com os quais encontremos alguma afinidade e que nos facilitem o dia a dia. Espero que desfrutem, tanto quanto eu, destas minhas viagens.

#1 Nano Boy



a) Necessidade

Eu tenho uma carteira de pele onde carrego inúmeros cartões (de débito, cartão de cidadão, carta de condução, ...), notas, um ou outro papel. Por não querer que fosse muito massuda optei por não querer que tivesse porta moedas incluído. Com o tempo, e pela quantidade absurda de cartões que nos vão impingindo, onde tinha um cartão, comecei a ter 2 (ou mesmo 3). Enfim...

Quando dei pelo absurdo que carregava no bolso, resolvi tentar "limpar" a carteira, mas com o excesso de cartões, a carteira ficou deformada, e se colocar apenas 1 cartão em cada ranhura os cartões caem.

Não vale a pena! Se tens espaço vais necessariamente acrescentando itens! É instintivo e rápido (e aparentemente prático). Cartão do continente? Carteira. Cartão do posto de gasolina? Carteira. Cartão das farmácia? ... E por ai ...
Os cartões são como cogumelos, aparecem dos sítios mais absurdos.

 "Perfection is Achieved Not When There Is Nothing More to Add, But When There Is Nothing Left to Take Away"*  Antoine de Saint-Exupery, escritor francês

Outro dos problemas é que estava a estragar-me o bolso do casaco, e sempre que saio vejo-me obrigado a andar com a carteira na mão, o que não é nada prático. 

b) Solução?

Comprar outra carteira igual não será a situação ideal, resolve o meu problema temporariamente. Então andei a fazer umas quantas pesquisas.

Determinei que a minha carteira tinha que ser pequena, prática e apelativa. Só quero andar com o essencial, e essa escolha (do que é essencial) tem de ser imediata, isto é, ganho novo cartão se não é essencial não vai para a carteira.

Vislumbrava-se uma tarefa difícil, e eis que deparei com algumas soluções interessantes. Parece que o problema não só me afecta a mim. :)

Esta foi a carteira que acho que melhor serve os meus propósitos (Nano Boy Wallet), vem da Alemanha, Munique de uma empresa chamada Jaimie Jacobs.

c) Sobre ...

Tem um cartão (principal), que para mim será o cartão de débito, que está sempre à mão. Tem uma bolsa para notas (poucas é certo), um outro papel pequeno e umas quantas moedas (o troco ocasional). Do outro lado, facilmente acedemos a 12 cartões. (Veja o vídeo)


d) O que penso ...

Parece-me uma boa solução. Mas só o tempo dirá como se vai comportar o material de que é feita. Tem um capacidade muito reduzida para levar moedas, mas também não tenho intenção de a usar como porta moedas, e parece-me que o propósito é guardar, temporariamente, o troco de qualquer compra o que parece ser razoável atendendo ao seu conceito.

Testei o Nano Boy com o cartão do metro ("cartões de contacto"  ou de "aproximação") e funcionou. Ou seja, ao passar a carteira pelo pórtico reconheceu a viagem sem necessidades de o retirar da mesma.

É acima de tudo minimalista, o que me agrada muito.



Características disponibilizadas pela empresa

- Formato extra fino, reduzido ao essencial
- Máximo de 13 cartões
- Dimensões 8.6 cm x 5.6 cm
- Rápido acesso a um cartão principal
- Aba para acesso aos restantes 12 cartões
- Feita no coração da Europa
- 3 anos de garantia


e) Embalagem:

Elegante caixa preta, carteira e cartão com 10% de desconto.

Para quem esteja interessado, partilho com vocês o código de desconto  de 10 % que me foi oferecido. (Código: JJWT2016)
 Nota: Desconto em vigor até o final de Outubro de 2016 segundo me foi informado.





f) Onde por ser adquirida:


Pode ser adquirida no amazon ou directamente na loja  Jaimie Jacobs.
- Preço actual: 39,00 € (Set 2016)
- http://www.jaimiejacobswallets.com/products/nano-boy#

g) Sobre a empresa, o conceito

Jaimie Jacobs. «Acreditamos que são as pequenas coisas na vida que nos fazem realmente felizes. Em tudo o que fazemos aspiramos dar um toque especial e agradável extra a essas pequenas coisas.»
(Tradução minha)
Link: http://www.jaimiejacobswallets.com/


h) Vídeo


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Opinião: O Livro de Aron de Jim Shepard

Para mais informações consulte o site da Editorial Presença aqui.

 



Pela mão do pequeno Aron, somos levados a conhecer a Polónia de 1939, onde ele e a família vivem.

Pouco tempo depois, enquanto judeus, são conduzidos ao gueto de Varsóvia, onde a crueldade, a fome e a doença destroem as vidas de quem aí foi aprisionado. Porém, Aron e um grupo de amigos conseguem ajudar as famílias, esgueirando-se do gueto para fazer contrabando.

Num relato comovente e intenso, Jim Shepard mostra-nos, através da voz de uma criança, como é possível manter a dignidade humana nas condições mais adversas.

Um romance notável destinado a juntar-se aos clássicos sobre o holocausto escritos na perspetiva de uma criança .
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Aron permite-nos um olhar diferente da segunda guerra mundial. Um olhar entre a ingenuidade e o sofrimento atroz, onde não há heróis, onde não há condutas reprováveis, onde a fronteira entre o certo e o errado se esbate de tal forma que a sobrevivência se sobrepõe a tudo o resto.

Uma das coisas que mais apreciei no livro foi a visão escolhida pelo autor para narrar esta história.

Ao optar por fazer de Aron, uma criança de 8 anos, o nosso ponto de observação, contamos desde logo com uma visão muito centrada no seu mundo: o seu pai, a sua mãe, os seus irmãos e os seus amigos. Centrada nas suas prioridades, no seu contexto. Centrada, por força das circunstâncias, na tentativa de percepção do que uma ocupação
hostil implica.

Para tornar a narrativa mais rica e complexa, e por conseguinte mais apelativa e para que desde cedo sentíssemos uma imediata ligação emocional, Jim Shepard, criou uma personagem frágil, subestimada e incompreendida pela família, que muito me agradou. Contudo esta pode ser uma perspectiva que também apresenta algumas fragilidades uma vez que ficamos limitados um pouco à curta experiência de vida da personagem, a seu pequeno mundo. Mas percebo a intenção de uma visão focada no cerne da história.

Há um detalhe que salta à vista e que quebra o “protocolo”: por norma, existe uma evolução literária, partimos da "normalidade" da personagem, do seu dia a dia, para depois ser confrontado com obstáculos e ser impelido, primeiro pelas circunstancias e depois por si mesmo, a mudar para outro estádio, por norma oposto ao inicial. Neste caso é diferente, porque partimos de uma realidade de uma espécie de rejeição para um futuro que não se advinha muito risonho. O que me fez olhar com mais atenção e com mais respeito, para a linha de narrativa escolhida.

Esta é uma história que se cria do amadurecimento forçado de uma criança que perante as vicissitudes de uma realidade hostil tenta sobreviver. E que apesar das acções a que se vê obrigado, carrega bem no seu âmago uma espécie de ética, de coerência humana, se assim lhe pudermos chamar.

Gosto como a narrativa transforma e carrega no seu ADN o conceito de incerteza. Incerteza do futuro, incerteza das reacções dos seus pares, incerteza do papel de cada um, incerteza de um mundo que mal se compreende e se encontra em mutação. Tudo é uma grande incógnita numa realidade, que literalmente, o engole.

Um outro olhar sobre a segunda guerra mundial.

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