Archive for setembro 2018

Homo Creator de Edward O. Wilson


«Uma obra extraordinária e desafiadora sobre a verdadeira origem do que nos transformou em seres humanos»


Edward O. Wilson, um dos mais importantes cientistas vivos, fala nesta obra sobre a essência da natureza humana. O premiado biólogo explica por que razão a nossa espécie é altamente avançada e extremamente perigosa.

O Homo Sapiens surgiu há cerca de 100 mil anos. Mas como foi a evolução para os seres humanos? Porque é que a criatividade é a característica determinante da nossa espécie? Como surgiu? Como se manifesta? Como nos distingue das outras espécies? E qual o seu potencial destrutivo? Ao narrar as origens e a evolução da criatividade, o autor revela-nos uma outra dimensão da humanidade.

A criatividade torna-nos especialmente avançados enquanto espécie, mas também nos dá o potencial para sermos extremamente perigosos, sobretudo no que respeita ao nosso planeta. Neste livro profundo e revelador, Edward O. Wilson procura saber como surgiu esta expressão humana única e fundamental e como se manifestou ao longo da história da nossa espécie.

Revelando grande sensibilidade e misturando meditações filosóficas com factos científicos, o autor demonstra que a criatividade teve início há mais de cem mil anos e narra a sua evolução desde os antepassados primatas até aos seres humanos. Os primeiros Homo sapiens tinham um cérebro e uma memória maiores, levando à elaboração de narrativas internas e, pela primeira vez na vida, a uma verdadeira linguagem. A partir daí, surgiu a nossa criatividade e cultura sem precedentes.


Wilson aborda ainda a importância da relação entre as humanidades e as ciências: o que se oferecem mutuamente, como podem unir-se e quais são as suas lacunas.


O passado e o presente da criatividade e da humanidade, e também uma proposta de mudança, para que, no futuro, possamos aprender mais sobre a natureza humana e aperfeiçoar a nossa relação com a natureza.




http://www.clubedoautor.pt/public/ClubeDoAutor/ Edward O. Wilson é um dos mais proeminentes biólogos do mundo. Nasceu em Birmingham, no Alabama, em 1929 e desde cedo se sentiu atraído pelo ambiente natural. Professor emérito da Universidade de Harvard, reside com a mulher em Massachusetts.

Escreveu mais de 30 obras, entre as quais A Criação, A Diversidade da Vida, Cartas a um jovem cientista, A conquista da Terra, O Sentido da Vida Humana e On Human Nature e The Ants, ambas distinguidas com o Prémio Pulitzer.

Entre os mais de cem prémios que recebeu destacam-se a Medalha Nacional das Ciências dos EUA, o Prémio Crafoord (equivalente ao Prémio Nobel) da Real Academia Sueca de Ciências, o Prémio Internacional de Biologia do Japão e, em letras, dois prémios Pulitzer, os prémios Nonino e Serono de Itália e o Prémio Internacional Cosmos do Japão..

Posted in , | Leave a comment

A Cor Púrpura de Alice Walker


Celie, de 14 anos, escreve cartas a Deus para tentar compreender o que lhe está a acontecer. Órfã de mãe, abusada pelo homem a quem chama "pai", separada da irmã, privada dos dois filhos e oferecida em casamento a um homem que a maltrata, Celie considera-se "pobre, negra e feia". 

Até que conhece Shug Avery, a amante do seu marido. Com a ajuda de Sugar, "a mulher mais linda" que ela viu na vida, Celie descobre não só o paradeiro da sua irmã desaparecida, mas também o próprio corpo, o prazer, o amor e, acima de tudo, a sua voz.

Romance epistolar composto pelas cartas que Celie endereça a Deus com uma honestidade brutal e pelos relatos de viagem que Nettie lhe envia de uma missão em África, A Cor Púrpura aborda temas como a violência doméstica a que estavam sujeitas as mulheres negras no início do século XX, a relação dos negros com o seu passado de escravatura, e a busca do espiritual num mundo cruel e sem sentido.

Galardoado com o prémio Pulitzer para o melhor livro de ficção publicado em 1983, A Cor Púrpura foi adaptado ao cinema em 1985 por Steven Spielberg e nomeado para 11 óscares..


Alice Walker (1944), uma das escritoras mais prominentes dos Estados Unidos, é uma autora premiada de romances, contos, ensaios e poesia. 

Em 1983, Walker se tornou na primeira mulher afro-americana a ganhar um Prêmio Pulitzer de ficção com este romance A cor púrpura, que também ganhou o National Book Award. Alice Walker também trabalha activamente na denúncia de problemas de injustiça, desigualdade e pobreza como activista, professora e intelectual pública..
 

Posted in , | Leave a comment

Opinião: O Castigo dos Ignorantes Série Sebastian Bergman - volume 5


 


O 5º VOLUME DA SAGA SEBASTIAN BERGMAN
A estrela de um reality show é encontrada morta numa escola, com um disparo na cabeça. Amarrado a uma cadeira de sala de aula, posicionado de frente para um canto, com orelhas-de-burro. Um exame longo, de várias páginas, pregado na parte de trás da cadeira. A julgar pelo número de respostas erradas, a vítima falhou no teste mais importante da sua vida.

Esta morte será o primeiro de uma série de assassinatos contra várias personalidades dos media e o Departamento de Investigação Criminal é chamado. Lutam para encontrar provas e finalmente Sebastian Bergman descobre pistas em chats e cartas anónimas publicadas em jornais. O autor das cartas opõe-se à falta de educação entre os modelos da nova geração e fala muito sobre os assassinatos. Sebastian desafia-o e fica claro que o seu oponente sem rosto tem informações sobre os assassinatos a que ninguém além da polícia —e do assassino —tem acesso.

Neste novo caso Sebastian Bergman e sua equipa enfrentam um serial killer complexo e tortuoso, que ameaça a própria existência da equipa.





Nesta série tenho que começar por falar na capa, mais uma vez .... Denota um grande trabalho gráfico. 

O livro não é só a história! Se é certo que não devemos julgar um livro pela capa, não será menos certo dizer que um livro deve ser visto como um todo: a simbiose de uma capa bem conseguida que represente o livro, um grafismo aprimorado e uma excelente história. Isto só denota um respeito pela obra e pelo leitor.


Como até agora os cenários de todas as capas são ambientes degradados, vazios, deixados ao abandono, o que me parece que têm uma franca relação com a personagem principal Sebastian. Cada livro tinha um animal que se destacava: Veado, Lobo, Cavalo, Mocho e agora o Flamingo. 

Vejo a escolha do animal como simbólica, o Flamingo tem cores exuberantes que chamam a atenção, despertam exactamente esse sentido: a visão. O que os mais distingue é a imagem gráfica que absorve toda a atenção em prol de qualquer outra característica... dirão alguns: a imagem sobre o conteúdo.

 

Sobre a história ...


Este livro é actual e permite uma reflexão sobre os conteúdos que idolatramos e valorizamos, enquanto sociedade. 

Numa opinião muito pessoal por vezes o problema não é o tipo de conteúdo que se coloca à disposição mas sim a forma! Tem que haver lugar para a diversidade. O que se impõe é reinventar a forma como disponibilizamos às massas conteúdos culturais e similares, de forma a torná-los mais apelativos, digo eu... voltando ao livro.



Há quem não se conforme com a valorização e exposição pública alcançada pelos concorrentes de “reality shows”. Advogam os mais intransigentes que se estão a perder valores, que estamos a criar pessoas sem cultura. 

E é sob este mote que o livro se desenvolve, tudo começa com um concorrente encontrado morto numa sala de aula com um teste colado nas costas: Reprovado! 

A equipa de Sebastian é chamada para resolver mais este caso.

As dificuldades acumulam-se mas não há nada (nem ninguém) que tire a equipa do objectivo principal: apanhar o culpado. 


Gostei do livro, tenho vindo a seguir esta serie com grande afinco e deleite. Um dos elementos que mais me atrai aqui são as personagens.


Neste livro vemos desenvolvimentos sobretudo na vida pessoal de 3 personagens: Bill, Sebastian e Vanja (mas não vou aprofundar muito para deixar o leitor usufruir destes desenvolvimentos). 

Para mim esta proximidade da vida pessoal das personagens é a grande mais-valia das séries. Conseguimos acompanhar o desenrolar das vidas pessoais, da sua evolução e avaliar constantemente a sua coerência e verosimilidade, o que exige mais dos autores.



Os autores desta série têm uma predileção de finais de tirar o folgo, gostam de terminar os livros num momento crítico, deixando o leitor na expectativa, sem ar. E esse mecanismo volta aqui a ter lugar.



O final é assustadoramente delicioso, opção que pode ferir suscetibilidades ou ferir os mais "românticos". 

Nada que não se pudesse prever pelo rumo que o enredo levava mas ainda assim cheio de potencial para o próximo livro e evolução da série.

São pequenos actos, à partida inconsequentes, que vertidos nas correntes fortes da vida real por vezes forçam a mudanças drásticas e têm consequências gigantescas. 




Destinado a ser recomendado.










Opinião: Segredos 
Obscuros de Hans Rosenfeldt, Michael Hjorth (com QP) aqui

Opinião: O Discípulo de Michael Hjorth, Hans Rosenfeldt aqui




Opinião: O Homem Ausente de Hjorth & Rosenfeldt aqui



Opinião: A Menina Silenciosa Série Sebastian Bergman de Hjorth & Rosenfeldt aqui




Posted in , , , | Leave a comment