Archive for junho 2019

Opinião: A Escuridão Hidden Iceland - Livro 1 de Ragnar Jónasson

 



Abrangendo as ruas geladas de Reiquiavique, os fiordes isolados e as Terras Altas da Islândia, A Escuridão é o novo romance de um dos nomes mais entusiasmantes do policial nórdico atual.

Aos 64 anos, a inspetora Hulda Hermannsdóttir, da Polícia de Reiquiavique, está prestes a ser forçada a reformar-se, mas antes quer levar a cabo uma última investigação: Elena, uma jovem refugiada proveniente da Rússia, foi encontrada sem vida numa enseada rochosa em Vatnsleysuströnd, na Islândia.

Assim que começa a fazer perguntas, Hulda não demora muito a perceber que não pode confiar em ninguém. Elena não foi a única mulher a desaparecer naquela altura, e ninguém parece estar a contar a história toda. Quando os próprios colegas tentam pôr um travão na investigação, Hulda tem muito pouco tempo para desvendar a verdade, mas está determinada a descobrir quem é o assassino. Ainda que isso signifique colocar a própria vida em risco..





Reiquiavique, na Islândia, é o cenário que serve a história e me trás uma vontade enorme de visitar o pais. Elena, refugiada russa, foi encontrada morta. A investigação nunca teve a dedicação que deveria, e desde cedo se assumiu que se tratava de um suicídio. Mas quando Hulda, á beira da reforma, se dedica ao caso nos seus últimos dias da sua vida activa constata que há muito que ficou por investigar...

A história tem como personagem principal Hulda, inspectora da polícia de Reiquiavique. É antes de tudo uma personagem que encaixa no estereótipo que este género literário nos tem habituado. Assim temos uma inspectora solitária, trabalhadora, dedicada sem grande espaço para vida pessoal, sem família e de alguma forma hostilizado por os seus pares.


Há aqui uma mistura agridoce no que diz respeito aos seus pares! Se por um lado ela é marginalizada pelos homens, pelo facto de ser mulher e de alguma forma os faz sentir intimidados chegando a ser prejudicada profissionalmente, há por outro (aparentemente) um sentimento de admiração.


A personagem tem uma densidade interessante que junta bons argumentos para a tornar apelativa. Há aqui um peculiar sentido de justiça que nos traz alguns dilemas morais mas que justificam a sua prestação e as suas opções no desenvolvimento da personagem.


Quanto à forma da narrativa achei interessante como as histórias paralelas vão construindo o "backstory" da história principal. Como essas conexões são feitas e vão dando consistência e significado ao enredo no seu todo. Os capítulos pequenos trazem dinamismo e fluidez à leitura.


Quanto ao final, achei arrojada a opção do escritor e mais não digo para não comprometer a vossa leitura.


É um livro de leitura fácil que nos entretém e nos impele numa leitura rápida e prazerosa.



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O Carrasco de Daniel Cole


«Aterrador, perturbador e diabolicamente excelente.»  Amazon

A inspectora-chefe Emily Baxter é convocada para uma reunião com dois agentes americanos - a agente especial Elliot Curtis, do FBI, e o agente especial Damien Rouche, da CIA - que lhe mostram fotografias do mais recente homicídio: um cadáver contorcido numa posição familiar, pendurado na ponte de Brooklyn, com a palavra "ISCO" esculpida no peito.

Mediante a pressão dos meios de comunicação social, Baxter recebe ordens para ajudar na investigação e acaba por ter de visitar outro local de crime, descobrindo a mesma palavra esculpida no peito da vítima e, no peito do assassino, também morto, a palavra "FANTOCHE".


À medida que, nos dois lados do Atlântico,  a espectacularidade e crueza dos homicídios aumenta, a equipa tenta desesperadamente apanhar os culpados. A única esperança é descobrir a quem se destina o "ISCO" e como são escolhidos os "FANTOCHES", mas, acima de tudo, quem está a puxar as cordas. …



Aos 33 anos, Daniel Cole já trabalhou como paramédico, foi oficial da Real Sociedade Protetora dos Animais e membro da Guarda Costeira Real, sempre imbuído do desejo de salvar pessoas — ou talvez movido pela culpa de ter matado tantas personagens nos seus textos. 

Boneca de Trapos, o seu primeiro romance, escrito originalmente como piloto para uma série de TV, é um bestseller internacional e logo nos primeiros dias após o lançamento no Reino Unido, Itália, Alemanha, França e Holanda alcançou as principais listas de mais vendidos. Será publicado em 32 países e foi também finalista do prémio CWA John Creasy Award para primeiro romance, o prémio britânico mais prestigiado para thrillers.
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Opinião: Ontem à Noite de Catherine O'Connell

 



Seis amigas. Uma noiva. Um assassínio. Demasiados segredos.

Maggie Trueheart vai casar com o homem dos seus sonhos. Ansiosa por uma última noite selvagem antes do grande dia, reúne as amigas mais próximas para a grande despedida de solteira. Mas as coisas correm mal, horrivelmente mal.

Sob o escrutínio intenso da polícia, até onde Maggie e as amigas irão para manter os seus segredos chocantes sem serem revelados.

Até proteger um assassino?



Este foi um livro que me deu um particular gozo de ler!

Um grupo de amigas reúne-se numa despedida de solteira e no final uma delas acaba por ser assassinada! Simples mas eficiente a premissa que guia a história. Há aqui um claro apelo à curiosidade do leitor. 



Quem foi? Quais as reais motivações?

A história vai-nos oferecendo, pouco a pouco, o backstory de cada personagem. Vão-se descortinando vidas, vão emergindo segredos que se tentam manter, a toda a força, escondidos. O interessante é que são estes segredos paralelos que acabam por ser o maior obstáculo à descoberta do assassino.

Durante a leitura vai-se revelando a heterogeneidade deste grupo de amigas dando-lhe um toque de proximidade e realismo.

O apelativo deste livro é que apela ao lado voyeurista do leitor! Sem se aperceber cada um de nós ambiciona descortinar um e outro segredo que populam o enredo.

A trama mostra-nos diligentemente o lado obscuro de cada uma das personagens (traições, infidelidades, ciúmes, e vícios pouco recomendáveis, ...).

Foi acima de tudo uma leitora prazerosa, e a certeza de um momento de descontracção e entrega sempre que pegava no livro.

Um livro leve, interessante e que cumpre o que promete: cativar e entreter o leitor.

Seguramente uma boa recomendação para uma leitura descontraída neste Verão.
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