Opinião: Os Adivinhos


Evie O'Neill foi exilada da sua monótona e pacata cidade natal e enviada para as agitadas ruas de Nova Iorque - e fica radiante! Nova Iorque é a cidade dos bares clandestinos, das compras e dos cinemas! Pouco depois, Evie começa a andar com as glamorosas «Ziegfield Girls» e com atraentes carteiristas. O único problema é que Evie tem de viver com o seu tio Will, curador do Museu Americano de Folclore, Superstição e Ocultismo - também conhecido como «O Museu dos Arrepios», homem com uma pouco saudável obsessão pelo oculto.

Evie receia que ele descubra o seu segredo mais sombrio: um poder sobrenatural que até ao momento só lhe causou problemas. Porém, quando a polícia encontra uma rapariga morta que tem um estranho símbolo gravado na testa e Will é chamado ao local, Evie percebe que o seu dom pode ajudar a apanhar o assassino em série.

Quando Evie mergulha de cabeça numa dança com um assassino, outras histórias se desenrolam na cidade que nunca dorme. Um jovem chamado Memphis é apanhado entre dois mundos. Uma corista chamada Theta anda a fugir do seu passado. Um estudante chamado Jericho esconde um segredo chocante. E sem que ninguém saiba, algo sombrio e maligno despertou.




Este foi o primeiro livro de 2014 que li. Comecei as minhas leituras com chave de ouro.

O enredo é maravilhosamente explorado, tendo por base os anos 20. Não se deixem enganar, pois esta época é descrita de uma forma apaixonante e tem muito para oferecer, e mesmo não sendo abordada com muita frequência noutras obras rendi-me desde cedo à vida boémia da altura.

O sobrenatural tem um papel interessante no puzzle da história, que trás ainda mais mistério à história tornando a leitura mais voraz a fim de encontrar respostas para as perguntas que formamos.

A escrita da autora é aberta, motivadora e clara. Preenche claramente, quanto a mim, os requisitos de um grande dom.

As personagens têm personalidade vincada, são descontraídas e deliciam o leitor. 

Evie sobressai, é aquela pessoa bem disposta, que junta um pouco de ingenuidade e maturidade bem balanceadas. Uma personagem determinada e cuja obstinação nem sempre a coloca em situações agradáveis. Nisto tudo o humor de Evie contagia desde logo o leitor.

Todas as personagens apresentam um alto grau de mistério (como eu gosto). Muito bom!
As 580 páginas, que à partida podem parecer demasiadas, acho que são escassas, pois fiquei com fome de mais.

Espero que o próximo livro seja publicado brevemente, obrigado 1001 Mundos pela oportunidade de ler esta obra.

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