Archive for outubro 2017

Opinião: A Mulher do Meu Marido de Jane Corry





 

Lily é advogada e, quando casa com Ed, está decidida a recomeçar do zero. A deixar para trás os segredos do passado.

Mas quando aceita o seu primeiro caso criminal, começa a sentir-se estranhamente atraída pelo cliente.

Um homem acusado de assassínio. Um homem pelo qual estará em breve disposta a arriscar tudo.

Mas será ele inocente? E quem é ela para julgar?

Mas Lily não é a única a ter segredos. A sua pequena vizinha Carla só tem nove anos, mas já percebeu que os segredos são coisas poderosas, para obter o que deseja.

Quando Lily encontra Carla à sua porta dezasseis anos depois, uma cadeia de acontecimentos é posta em marcha e só pode acabar de uma forma... a pior que Lily podia imaginar.




É engraçado o que aprendemos com os livros de ficção! 

O livro respira drama, incerteza, culpa, meias verdades. Diria eu, terreno fértil e prometedor onde qualquer escritor de thrillers gosta de trabalhar.


Para mim o livro divide-se em 2 partes, o ponto que divide os dois planos é de fácil assunção. Digo dois planos porque é para mim discernível dois patamares diferentes de escrita.


E a mim estas questões técnicas da escrita deliciam-me.


Lily é uma personagem na qual facilmente nos revemos. Conseguimos ver uma pessoa repleta de sonhos, acabada de casar com Ed -
aspirante a artista, que se vê recluso de uma profissão que não gosta- e ainda a viver o conto de fadas da lua de mel.

Outra das facetas de Lily é a sua humanidade, que vemos quando se prontifica a ajudar Carla, uma criança sua vizinha.


Como todos nós, tem as suas inseguranças, mas revela uma notória baixa estima. Fruto desse facto, ou não, surgem alguns episódios que vão minando a confiança entre o casal.


É aqui que Jane Corry faz a primeira investida e começa a semear a dúvida.


Profissionalmente, ela é uma advogada a dar os primeiros passos no campo criminal. É empurrada para um caso de um homicídio esbarrando com um homem peculiar que fala com ela por meio de enigmas testando-a repetidamente! Um homem difícil mas cheio de recursos...


Desta estranha relação, Lily começa a sentir uma espécie de hibristofilia (atracção por criminosos) pelo seu cliente.


Outra personagem interessante é Carla, uma criança negligenciada que vive com a mãe solteira. É uma criança sofre bulling e que tem uma forma muito peculiar de digerir os factos de não ter pai e ter recursos financeiros muito limitados. E aprende desde cedo que há certas formas (menos éticas) de obter o que quer.


A primeira parte deste livro passa-se durante o julgamento e a sua tentativa de defender o cliente. Na segunda parte, anos depois, vemos as consequências da resolução judicial deste caso ...


Quanto a mim, a segunda parte tem uma maior dinâmica do que a primeira. Passamos de uma fase de "leitores passivos" para um papel muito mais relevante e gratificante.


Vemos conflito vivo, somos surpreendidos por determinadas opções das personagens, por pequenas e deliciosas reviravoltas. Sentimos prazer pelos desígnios do destino. E acima de tudo vemos como Lily reage à adversidade, como a gere.


Estou curioso para ver a evolução da autora.



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Aos Universitários: Oferta de Propinas. Como a vida está complicada uma ajuda era bem vinda ...



As propinas da universidade vão ficar por conta da WOOK 

     As propinas da universidade vão ficar por conta da WOOK    
      A maior livraria virtual portuguesa lançou um desafio aos estudantes universitários e, no fim, o prémio são as propinas.    
      Sob o mote A WOOK oferece-te as Propinas, a maior livraria online portuguesa lançou o desafio aos estudantes universitários de criar uma frase memorável, que combine o nome WOOK com a palavra “universitários”. O estudante que apresentar a frase mais criativa recebe um prémio em dinheiro no valor correspondente a uma propina anual.

O número de participações ultrapassou já as expetativas dos organizadores e a irreverência e criatividade estudantil é bem patente em muitas das frases enviadas.

O passatempo decorre até final de outubro, podendo participar todos os indivíduos inscritos numa instituição de Ensino Superior em Portugal. O vencedor será anunciado no final do mês de novembro na site da WOOK, além da sua página do Facebook e do Instagram.

As informações necessárias sobre esta iniciativa estão disponíveis no site da WOOK .

site da WOOK .





 


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Opinião: Vidas Finais - As Sobreviventes de Riley Sager



 



Para sobreviver a um assassino, é preciso ter um instinto assassino.

Há dez anos, Quincy Carpenter, uma estudante universitária, foi a única sobrevivente de uma terrível chacina numa cabana onde passava o fim de semana com amigos. A partir desse momento, começou a fazer parte de um grupo ao qual ninguém queria pertencer: as Últimas Vítimas. Desse grupo fazem também parte Lisa Milner, que perdeu nove amigas esfaqueadas na residência universitária onde vivia, e Samantha Boyd, que enfrentou um assassino no hotel onde trabalhava.

As três raparigas foram as únicas sobreviventes de três hediondos massacres e sempre se mantiveram afastadas, procurando superar os seus traumas. Mas, quando Lisa aparece morta na banheira de sua casa, Samantha procura Quincy e força-a a reviver o passado, que até ali permanecera recalcado.

Quincy percebe, então, que se quiser saber o verdadeiro motivo por que Samantha a procurou e, ao mesmo tempo, afastar a polícia e os jornalistas que não a deixam em paz, terá de se lembrar do que aconteceu na cabana, naquela noite traumática.
Mas recuperar a memória pode revelar muito mais do que ela gostaria..
. .




Vidas finais é um thriller psicológico que chamou a minha atenção mal tive conhecimento da sua publicação.


A capa onde o vermelho se desataca entre o preto e o escasso branco cativa desde logo amantes deste género literário. Pode não parecer, mas tem implícito toda uma simbologia cuidada e emana uma clara mensagem ao leitor ... sangue ... 

O comentário de Stephen King que se destaca na capa também ajuda a aguçar a nossa curiosidade...

Quincy, blogger, é a única sobrevivente de um assassino em massa. Ela é uma das três "únicas sobreviventes" em eventos similares a par de Sam e Lisa, a quem a comunicação social apelida de "Últimas Vitimas" que apesar de partilharem esse estatuto, elas nunca se encontraram.

O livro incide sobre a história de Quincy que tenta levar a vida em frente tentando colocar o passado para trás das costas.

Contudo existem dois grandes problemas, o primeiro é que não consegue explicar o que aconteceu naquele fim-de-semana quando todos os seus amigos foram assassinados e ela, por milagre, conseguiu fugir e ser resgatada por um policia. 

Há algo de "não resolvido" para poder seguir realmente em frente.

Após o incidente a polícia ficou com sérias reservas ao que foi narrado por Quincy, com as suas incongruências e com a forma como Quincy se refugia atrás da sua conveniente perda de memória. 

Aliás esta perda de memoria é uma das linhas narrativas que mantem o leitor em constante duvida.

Após Lisa morrer de aparente suicidio aparece o segundo problema: Samantha. Sam resolve visitar Quincy e desde logo é fácil antecipar problemas pois esta personagem apresenta-se problemática e com traumas profundos. Ela não só revela o pior de si como pode levar Quincy a revelar-se e sair da sua área de conforto! 

Para complicar o enredo surgem dúvidas quanto ao suicídio de Lisa!

Gostei especialmente da forma como o autor Riley Sager (pseudónimo e primeiro livro sob o mesmo) deixa o leitor no escuro. Há autores que optam por intencionalmente ir doseando a informação para o leitor, escondendo um ou outro detalhe relevante. Neste caso o autor opta por uma vertente diferente, a própria Quincy não sabe o que aconteceu e este facto dá lugar a tantas e tantas especulações. "Como a dizer, a culpa não é minha é a personagem que não se lembra."  :) 

A história dispõe de flashbacks, trechos do fim-de-semana da cabana, episódios que ansiamos durante a leitura para esclarecer as nossas duvidas. São momentos em que nós mergulhamos procurando indícios do que realmente aconteceu naquela cabana.

É um livro onde as incertezas, inseguranças, mentiras e fragilidades são expostas. Onde todas as particularidades de uma pessoa que passou por um evento traumático têm de ser consistentes, coerentes e de grande rigor. Onde a culpa e incompreensão têm um papel tão vincado que seja visceral.

Lembra-me um dos livros de Gillian Flynn, uma das minhas autoras preferidas, onde a autora inside sobre a mesma temática: a única sobrevivente. Não é um tema fácil mas é grandioso quando bem feito.

Foi uma boa leitura que recomendo


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Passatempo: Desapareceram… de Haylen Beck




Editoral Presença em parceria com o Blog Livros e Marcadores, oferece um exemplar do livro " Desapareceram… de Haylen Beck"  a um dos participantes neste passatempo. 


- Só são aceites participações de Portugal válidas (respostas correctas)
- Apenas uma participação por pessoa
- São aceites participações até dia 29 Outubro.
- A editora não se responsabiliza por eventuais extravios.



Para mais informações consulte o site da Editorial Presença aqui.


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Desapareceram… de Haylen Beck


«Uma das melhores estreias literárias do ano. Recomendo vivamente.»
Harlan Coben, autor bestseller do New York Times
 
Para mais informações consulte o site da Editorial Presença aqui.


Audra anseia chegar à Califórnia.

Finalmente arranjou coragem para fugir do marido que a maltrata, podendo assim proporcionar a si e aos seus dois filhos um novo começo. Juntamente com Sean e Louise, atravessa o país, por estradas secundárias , discretamente e com toda a cautela para não chamar a atenção.


Quando um inquietante xerife a manda parar em pleno deserto do Arizona, Audra faz tudo para se manter calma e esconder o nervosismo. Tem mesmo de o fazer. Mas, ao revistar a carrinha de Audra, o xerife tira da bagageira um saco com marijuana que ela nunca tinha visto e o seu estado de nervos transforma -se em pânico.


Ela julga que aconteceu o pior.


Mas está enganada. O pior ainda está para vir.


Com um ritmo de tirar o fôlego e de um suspense implacável, Desapareceram... é um thriller perfeito sobre a luta de uma mulher contra o mal inimaginável para salvar o que há de mais importante na sua vida. Chocante até à última página..


 
Haylen Beck é o pseudónimo de Stuart Neville, um conhecido autor de romances policiais internacionalmente aclamado e premiado. Foi distinguido com o Los Angeles Times Book Prize pela série policial protagonizada por Serena Flanagan, cuja ação decorre em Belfast, e foi nomeado para o Edgard Award. As suas obras têm figurado nas listas dos melhores livros do ano de diversos jornais, como o New York Times, o Los Angeles Times e o Boston Globe. Os romances que assina como Haylen Beck decorrem nos EUA e são inspirados pela sua admiração pela ficção policial americana.

Desapareceram... tem direitos de tradução vendidos para publicação em diversas línguas, tendo os direitos cinematográficos sido adquiridos pela Random House Studio em conjunto com a Meridian Entertainment.

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