Uma
perseguição sem tréguas vai começar. Há cinco anos, Carter Blake
abandonou a organização secreta governamental para a qual trabalhava, a
Winterlong, com uma condição: ele prometia não divulgar o tipo de
operações duvidosas que realizavam e em troca deixavam-no viver em paz.
Mas a liderança da Winterlong mudou e agora eles querem-no fora de cena,
de vez. Alheio a este facto, Blake, que passou a dedicar-se a encontrar
pessoas que não querem ser encontradas, aceita um novo serviço:
procurar Scott Bryant, que roubou à empresa de software onde trabalha um
programa que promete revolucionar as redes sociais.
A
missão não é das mais difíceis e Blake descobre rapidamente o paradeiro
do ladrão desaparecido. Quando se prepara para trazer Bryant de volta,
juntamente com o software roubado, Blake recebe uma mensagem misteriosa,
que o leva a concluir que a sua antiga organização anda atrás dele. É
então que Blake passa de caçador a presa e tudo muda. Restam- -lhe duas
opções: fugir para sempre ou virar o jogo a seu favor e acabar de vez
com a Winterlong. O confronto com o passado é inevitável, mas conseguirá
ele sobreviver?
. .
As leituras de O Caçador e de O Samaritano, o primeiro e
segundo livros da série #Carter Blake, respectivamente, eram mais do que bons
pronúncios para me atirar à leitura de O Fugitivo, o terceiro desta série. E lá
fui cheio de vontade.
Blake tem uma nova missão: encontrar Scott Bryant,
informático que roubou um software com um grande potencial. Uma tarefa
relativamente fácil para alguém que está habituado a presas mais difíceis e
experientes... Mas um pequeno detalhe, um pequeno descuido pode colocar a vida
de Blake e dos que lhe estão próximos em perigo...
A exposição a que se sujeitou quando procurou apanhar o
Samaritano (livro anterior) trouxe consequências, e a vida Carter vai ficar de
pernas para o ar!
As mortes sucedem-se! A mensagem é simples e clara ...
Winterlong não poupará ninguém para atingir Blake!
O "nosso" lobo solitário enceta uma luta desigual
contra uma organização que o formou e que não se inibe de o atacar em força dispondo
dos melhores meios técnicos e humanos. No meio de grandes e pequenas
conspirações, Blake arrisca-se a submergir neste mar de forças que teima em o
fustigar.
Qual será a melhor solução para Carter? Lutar ou fugir?
Apesar da narrativa seguir o encadeamento do livro anterior,
reparei que o autor teve o cuidado de contextualizar o leitor e decerto este
livro poderia ser lido sem conhecimento prévio do livro anterior. Contudo sou
da opinião que se devem ler os livros seguidos, sempre que possível, recebendo
dessa forma uma perspectiva mais completa da evolução da escrita do autor.
Mais uma vez, Mason Cross, apostou numa perspectiva
diferente como já tinha antecipado na opinião do livro anterior! Desta vez a
acção está centrada na personagem principal.
Parece-me que a intenção passou por aprofundar o
conhecimento que temos de Carter, sem contudo descurar a acção característica
dos livros do autor e nos entreter com linhas cheias de acção e suspense.
Como já sabia o que podia contar, senti-me satisfeito (mais
uma vez) ao entrar num mundo familiar cheio de percalços e de revés. Num mundo
em que tudo se encontra no fio da navalha e pode pender para os dois lados. Num
mundo em que apesar das grandes capacidades e aptidões das personagens no final
tudo se resume a um golpe de sorte... como na vida real.
Obviamente que esperamos que o herói leve sempre a melhor,
mas definitivamente gostamos que o autor lhe dificulte (muito) a vida, não é?
Esta "nossa" veia sádica é terrível.)
Bom trabalho Mason.
Opiniões publicadas do autor (carrega na imagem):