Para sobreviver a um assassino, é preciso ter um instinto assassino.
Há dez anos, Quincy Carpenter, uma estudante universitária, foi a única sobrevivente de uma terrível chacina numa cabana onde passava o fim de semana com amigos. A partir desse momento, começou a fazer parte de um grupo ao qual ninguém queria pertencer: as Últimas Vítimas. Desse grupo fazem também parte Lisa Milner, que perdeu nove amigas esfaqueadas na residência universitária onde vivia, e Samantha Boyd, que enfrentou um assassino no hotel onde trabalhava.
As três raparigas foram as únicas sobreviventes de três hediondos massacres e sempre se mantiveram afastadas, procurando superar os seus traumas. Mas, quando Lisa aparece morta na banheira de sua casa, Samantha procura Quincy e força-a a reviver o passado, que até ali permanecera recalcado.
Quincy percebe, então, que se quiser saber o verdadeiro motivo por que Samantha a procurou e, ao mesmo tempo, afastar a polícia e os jornalistas que não a deixam em paz, terá de se lembrar do que aconteceu na cabana, naquela noite traumática.
Mas recuperar a memória pode revelar muito mais do que ela gostaria..
Há dez anos, Quincy Carpenter, uma estudante universitária, foi a única sobrevivente de uma terrível chacina numa cabana onde passava o fim de semana com amigos. A partir desse momento, começou a fazer parte de um grupo ao qual ninguém queria pertencer: as Últimas Vítimas. Desse grupo fazem também parte Lisa Milner, que perdeu nove amigas esfaqueadas na residência universitária onde vivia, e Samantha Boyd, que enfrentou um assassino no hotel onde trabalhava.
As três raparigas foram as únicas sobreviventes de três hediondos massacres e sempre se mantiveram afastadas, procurando superar os seus traumas. Mas, quando Lisa aparece morta na banheira de sua casa, Samantha procura Quincy e força-a a reviver o passado, que até ali permanecera recalcado.
Quincy percebe, então, que se quiser saber o verdadeiro motivo por que Samantha a procurou e, ao mesmo tempo, afastar a polícia e os jornalistas que não a deixam em paz, terá de se lembrar do que aconteceu na cabana, naquela noite traumática.
Mas recuperar a memória pode revelar muito mais do que ela gostaria..
Vidas finais é um thriller psicológico que chamou a minha
atenção mal tive conhecimento da sua publicação.
A capa onde o vermelho se desataca entre o preto e o escasso
branco cativa desde logo amantes deste género literário. Pode não parecer, mas
tem implícito toda uma simbologia cuidada e emana uma clara mensagem ao leitor
... sangue ...
O comentário de Stephen King que se destaca na capa também
ajuda a aguçar a nossa curiosidade...
Quincy, blogger, é a única sobrevivente de um assassino em
massa. Ela é uma das três "únicas sobreviventes" em eventos similares
a par de Sam e Lisa, a quem a comunicação social apelida de "Últimas
Vitimas" que apesar de partilharem esse estatuto, elas nunca se encontraram.
O livro incide sobre a história de Quincy que tenta levar a
vida em frente tentando colocar o passado para trás das costas.
Contudo existem dois grandes problemas, o primeiro é que não
consegue explicar o que aconteceu naquele fim-de-semana quando todos os seus
amigos foram assassinados e ela, por milagre, conseguiu fugir e ser resgatada
por um policia.
Há algo de "não resolvido" para poder seguir realmente em frente.
Após o incidente a polícia ficou com sérias reservas ao que
foi narrado por Quincy, com as suas incongruências e com a forma como Quincy se
refugia atrás da sua conveniente perda de memória.
Aliás esta perda de memoria é uma
das linhas narrativas que mantem o leitor em constante duvida.
Após Lisa morrer de aparente suicidio aparece o segundo
problema: Samantha. Sam resolve visitar Quincy e desde logo é fácil antecipar
problemas pois esta personagem apresenta-se problemática e com traumas
profundos. Ela não só revela o pior de si como pode levar Quincy a revelar-se e sair da sua
área de conforto!
Para complicar o enredo surgem dúvidas quanto ao suicídio de
Lisa!
Gostei especialmente da forma como o autor Riley Sager
(pseudónimo e primeiro livro sob o mesmo) deixa o leitor no escuro. Há autores
que optam por intencionalmente ir doseando a informação para o leitor,
escondendo um ou outro detalhe relevante. Neste caso o autor opta por uma
vertente diferente, a própria Quincy não sabe o que aconteceu e este facto dá
lugar a tantas e tantas especulações. "Como a dizer, a culpa não é minha é
a personagem que não se lembra." :)
A história dispõe de flashbacks, trechos do fim-de-semana da cabana,
episódios que ansiamos durante a leitura para esclarecer as nossas duvidas. São
momentos em que nós mergulhamos procurando indícios do que realmente aconteceu
naquela cabana.
É um livro onde as incertezas, inseguranças, mentiras e
fragilidades são expostas. Onde todas as particularidades de uma pessoa que
passou por um evento traumático têm de ser consistentes, coerentes e de grande
rigor. Onde a culpa e incompreensão têm um papel tão vincado que seja visceral.
Lembra-me um dos livros de Gillian Flynn, uma das minhas
autoras preferidas, onde a autora inside sobre a mesma temática: a única
sobrevivente. Não é um tema fácil mas é grandioso quando bem feito.
Foi uma boa leitura que recomendo