O 4º VOLUME DA SAGA SEBASTIAN BERGMAN
Suécia.
Uma bonita casa branca, de dois andares.
Dentro, uma família brutalmente assassinada - mãe, pai e duas crianças pequenas, mortos a tiro, em plena luz do dia. E o assassino escapou. Sebastian Bergman, com o Departamento de Investigação Criminal, tenta deslindar o crime, mas, com o principal suspeito morto, está num beco sem saída. Até que descobre que há uma testemunha do crime.
Uma menina, Nicole, viu tudo e fugiu, assustada. Quando a encontram, descobrem que o trauma do que viu a deixou totalmente muda, comunicando apenas através de caneta e papel.
Os seus desenhos revelam um facto convincente e inescapável: ela viu o assassino. Bergman fica obcecado com o desafio de romper a parede de silêncio de Nicole. Enquanto isso, o assassino está apostado em garantir que ela fique calada.
Sou um seguidor acérrimo da série #Sebastian Bergman.
Mais uma vez tenho que manifestar o meu apreço pela capa do
livro, segue a linha dos anteriores e cimenta uma imagem cuidada na
apresentação do livro e na ponte que faz com o próprio conteúdo. Devo
reconhecer que tenho uma predilecção pela capa do primeiro e do segundo livros.
As capas da série têm uma imagem de um animal diferente: Veado, Lobo, Cavalo e
agora Mocho, pela respectiva ordem. O cenário dos três primeiros livros são edifícios
em ruinas e neste último, o quarto, tem o que julgo ser a janela de um barco em
deterioração. Há aqui uma interessante analogia com a história.
A oposição de
dois conceitos fortes o selvagem, a pureza e a nobreza de um animal selvagem e
a deteorização das estruturas edificadas pelo homem.
O puro sobre o corrompido.
Fazendo uma análise muito pessoal faz-me reflectir que nós
temos um pouco de ambos...
Mergulhando no livro ...
Uma família é dilacerada! Um crime bárbaro onde não foram
poupadas sequer as crianças! Um acto de violência extrema que requer a equipa
de Riksmord!
Mas os elementos da equipa não se encontram na melhor forma, cada
um com o seu drama, todos lidam com um problema pessoal! Estarão eles à altura?
No livro anterior os autores deixaram-me em estado de
choque! Um evento (que não vou divulgar) deixou-me perplexo com a audácia e
coragem de Hjorth e Rosenfedt.
Como podem eles terminar um livro assim! Deixar-nos
no auge de um acontecimento dramático ?
(levantando a ponta do véu deste livro : Gostaram tanto da técnica
que repetiram a proeza neste livro... rrrrrr) :)
Quando recebi o livro não via a altura de poder começar. Este é
aquele tipo de livro que apesar das 564 páginas receamos chegar ao fim num ápice.
Os autores são exímios escritores, já o referi várias vezes.
Neste livro continuamos a ver a cavalgada de Sebastian para
se aproximar da sua filha. Os escrúpulos e o que os outros pensam nunca foi
factor de ponderação por parte de Sebastian. Mas neste livro vemos um evento
interessante! Sebastian vai ter que lidar com algo mais profundo … um reflexo
do seu passado ...
O seu despreendimento do que o sexo oposto quer desde que os
seus intentos sejam bem sucedidos é a imagem de marca do personagem, que
convenhamos não passa uma imagem muito favorável. O mesmo acontece quando lhe
pedem ou ordenam que não faça algo, é meio caminho andado para Sebastian levar
acabo com determinação essa tarefa.
Ainda assim, é impossível passar incólume
ao carisma do personagem!
Mas desta vez há uma mulher que desperta outro tipo de
atenção a Sebastian. Quais serão as reais motivações do personagem? Será que vai haver uma reviravolta na consistência da personagem?
Billy é a personagem mais enigmática deste livro. Com
elevado poder de análise e dotes informáticos invejáveis, Billy encontra-se
perto de dar o nó. Há ainda uma relação mal resolvida com a sua colega Vanja
que paira no ar...
O que dá mais profundidade a este personagem são os seus
momentos de "Guilty Pleasure" ... Estou profundamente curioso com a evolução
desta personagem. Algo está a crescer ...
Enquanto isso um assassino cruel tem um objectivo, está
concentrado e devidamente motivado. Ameaça levar a melhor sobre a equipa de
Riksmord que se encontra num mau momento.
E para o fim está guardado o melhor.
Muito bem conseguido, há nesta série uma constante mutação
no que à evolução da história diz respeito. Uma excelente aposta da editora que
tem reunido consensos quanto à sua qualidade literária.
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