Opinião: Sangue na Neve de Jo Nesbo



 



Olav é um assassino contratado, mas tem uma vida solitária e tranquila. Quando o que se faz na vida é matar o próximo, não é fácil fazer amigos, mas sem ninguém a quem se afeiçoar ou prestar contas, os dias também decorrem sem problemas. Só que o quotidiano de Olav complica-se ao conhecer a mulher dos seus sonhos.

Apaixonar-se por alguém já é por si só uma situação desafiante, mas há duas outras particularidades que fazem desta mulher um vendaval na sua rotina: é casada com o seu chefe. E este acaba de o contratar para a matar. Como é que Olav irá gerir a situação? Será que vai conseguir enganar um dos mais temíveis criminosos do país?

Este livro, anterior à série Harry Hole, tem já todos os ingredientes que fazem com que Jo Nesbø seja um dos autores nórdicos de policiais mais bem-sucedidos em todo o mundo.
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Para se ser assassino tem que ter algo de ... diferente... Não é uma opção é mais uma predisposição natural ou … necessidade. 

Desde logo é uma viagem solitária onde a lealdade só existe nos livros. 

Olav é diferente! Oláv é consciente de que na vida nada se deve ter como certo. Mas como todos nós tem as suas fragilidades, uma delas é a poderá ser a sua "humanidade"!




Adorei este livro.


Começo por reconhecer que gosto muito dos livros de Jo Nesbo. 

Não é por acaso que a sua reputação e a sua qualidade são internacionalmente reconhecidas e é tido com uma referência neste género literário.


Neste livro, inicia-se uma série chamada "#Blood on Snow", anterior à de “#Harry Hole”, que saí do registo que interiorizei para o autor! 

Mas deixo-vos descobrir as diferenças, não quero alterar a vossa percepção da leitura deste livro.


É um livro de leitura fluída, a que me obriguei a ler pausadamente (apesar de ser muito difícil o meu intento). 

É como quando temos o último quadrado de chocolate, quando queremos que aquele prazer perdure e apenas damos diminutas dentadas para que as nossas glândulas gustativas possam deliciar e esse momento se estenda o máximo possível. A velha máxima que as coisas boas vêm sempre em quantidades pequenas …


É um livro que mantém em alta a boa disposição do princípio ao fim, em que de uma forma leve e descontraída nos conduz por um enredo de aparente simplicidade.



O que gostei mais para além do bom humor? Foi o “retrogosto” - sabor que se prolonga na boca após acabar de beber/comer - que ficou após acabar o livro. 


O que me levou a pensar e por consequência a ficar no livro depois de terminar a leitura! O que me levou a construir uma (ou várias) história(s) nova(s) baseadas no que li.
Gostei do desfecho!


Fluído, Intenso e com um delicioso retrogosto.

Recomendo

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