Para mais informações
consulte o site da Editorial Presença aqui.
Mas um dia a guerra civil eclodiu. A família de Qais deixou para trás tudo o que tinha e iniciou uma perigosa fuga na tentativa de abandonar o Afeganistão. Para Qais, aquilo que parecia impensável tornou-se a realidade do quotidiano: fome, frio, sofrimento, medo, prisão, tortura...
O Jardim das Torres Invisíveis é um testemunho impressionante da capacidade que o ser humano tem para resistir às maiores adversidades e uma obra que não deixará ninguém indiferente.
Adorei este livro, no seguimento dos livros
que tinha lido recentemente: "E as Montanhas Ecoaram" e "Mil
Sóis Resplandecentes" de Khaled Hosseini, que seguem
a mesma temática e são escritos com a mesma paixão palpável.
É um livro profundo, tocante e muito bem
escrito. Uma fotografia com bastante cor providenciada por uma narrativa com corpo
e alma.
A realidade que nos distancia em termos
culturais distorce muitas vezes a pretensa "imagem real" que vamos
criando do Afeganistão. É um pais com profundas
cicatrizes, mas ainda assim, forte e resistente. Um povo de contrastes.
A história que não deixa indiferente o leitor, e que apesar das dificuldades, e atrocidades com que uma criança se vê confrontada, sobressai a atitude positiva, resistente e a necessidade de sobreviver com parcos recursos. Com um sentido de "família" bem enraizado, vemos Quais Akbar Omar com uma preocupação genuína no bem estar da família. O leitor deixa-se desarmar com a perspectiva inocente de uma criança do seu próprio mundo, com uma forte ligação ao pai e ao avô. A sua postura, as suas pequenas conquistas tal como as suas prioridades são bem exploradas e verosímeis, e são pontos altos ao longo do livro.
A história que não deixa indiferente o leitor, e que apesar das dificuldades, e atrocidades com que uma criança se vê confrontada, sobressai a atitude positiva, resistente e a necessidade de sobreviver com parcos recursos. Com um sentido de "família" bem enraizado, vemos Quais Akbar Omar com uma preocupação genuína no bem estar da família. O leitor deixa-se desarmar com a perspectiva inocente de uma criança do seu próprio mundo, com uma forte ligação ao pai e ao avô. A sua postura, as suas pequenas conquistas tal como as suas prioridades são bem exploradas e verosímeis, e são pontos altos ao longo do livro.
A ironia inteligente contida no diálogo, suaviza
o enredo. Uma história viva, e oferecida na primeira pessoa, do Afeganistão.
A inocência e o sentido de responsabilidade do pequeno Quais Akbar Omar são o fio condutor, desta maravilhosa narrativa. Para mim este
livro foi mágico, este é o verdadeiro poder da escrita, poder-nos tocar tão
profundamente que "arrepia".