O dia que nunca será esquecido.
O dia em que há quatro acidentes de avião, em simultâneo, em diferentes pontos do globo.
E três crianças sobreviveram.
O mundo vive atordoado com a trágica coincidência. À beira do pânico global, as autoridades são pressionadas a encontrar as causas que motivaram os acidentes. Com terrorismo e desastres ambientais fora da equação, não parece haver uma correlação lógica, tirando o facto de ter havido uma criança sobrevivente em três dos quatro acidentes.
Intituladas Os Três pela imprensa internacional, as crianças exibem distúrbios de comportamento, presumivelmente causados pelo horror que viveram e pela pressão da comunicação social. Esta pressão torna-se ainda mais intrusiva quando um culto religioso liderado por um ministro fanático insiste que as crianças são três dos quatro profetas do Apocalipse. E se, para mal de toda a Humanidade, ele tiver razão?
O dia em que há quatro acidentes de avião, em simultâneo, em diferentes pontos do globo.
E três crianças sobreviveram.
O mundo vive atordoado com a trágica coincidência. À beira do pânico global, as autoridades são pressionadas a encontrar as causas que motivaram os acidentes. Com terrorismo e desastres ambientais fora da equação, não parece haver uma correlação lógica, tirando o facto de ter havido uma criança sobrevivente em três dos quatro acidentes.
Intituladas Os Três pela imprensa internacional, as crianças exibem distúrbios de comportamento, presumivelmente causados pelo horror que viveram e pela pressão da comunicação social. Esta pressão torna-se ainda mais intrusiva quando um culto religioso liderado por um ministro fanático insiste que as crianças são três dos quatro profetas do Apocalipse. E se, para mal de toda a Humanidade, ele tiver razão?
12 de Janeiro de 2012:
- Quatro acidentes de avião no mesmo dia
- Os acidentes acontecem em quatro continentes
diferentes
- Sobreviventes? Três ... ou ... quatro?
Primeiro começo pela forma, num estilo
diferente do habitual em ficção, Sarah Lotz utiliza recortes de entrevistas,
livros, jornais, testemunhos, últimas mensagens das vitimas e conversas on-line
para contar coerentemente a história.
A história versa sobre quatro acidentes
aéreos, e sobre os improváveis sobreviventes. É interessante ver como num
estilo muito próprio a narrativa se constrói, passo a passo, informação a
informação.
O contexto foi muito bem construído, os
acidentes aéreos remetem-nos de alguma forma para o fatídico 11 de Setembro, e
aproveita as imagens bem reais no inconsciente do leitor, da sua carga emotiva
e do impacto mediático dos mesmo a favor
da narrativa.
Esta é para mim uma das ferramentas mais
interessantes da ficção, o conseguir com base em factos reais e comuns que a
simples alusão a factos semelhantes levem a construir no imaginário do leitor
uma imagem bem real.
A história revela um cuidado e uma exploração
inteligente da pressão mediática, da curiosidade colectiva, da especulação e
dos interesses que se criam e crescem perante o desconhecido.
Não posso deixar de fazer uma referência à
Floresta Aokigahara, que para mim foi uma "personagem" de relevo
neste livro e me impeliu a pesquisas posteriores para validar e conhecer melhor
a "sui generis" floresta.
Quanto ás personagens, a forma não potencia um
profundo mergulho nos mesmos, mas julgo que a intenção é mesma essa, uma vez
que a autora joga com a "dúvida". Embora eu adore personagens e
gostasse de ver mais profundidade e visibilidade das mesmas.
Um livro no mínimo peculiar...