Sune
Frandsen desapareceu na floresta de Hvalsø no dia em que completava 15
anos. Uma semana depois do sucedido, Louise Rick, chefe do Departamento
de Pessoas Desaparecidas, regressa ao trabalho após uma baixa médica. Ao
investigar, descobre que se trata do filho do talhante Frandsen, amigo
de Klaus, o seu primeiro grande amor, cujo suicídio nunca fora
convenientemente explicado.
Na sua juventude, Klaus e Frandsen pertenciam a um grupo que praticava rituais inspirados em antigas crenças nórdicas.
Quando o cadáver de uma prostituta é encontrado em Hvalsø, perto do carvalho sacrificial onde os membros deste grupo ainda hoje se reúnem, tudo leva a crer que Sune testemunhou algo que não devia, e que pode correr perigo de vida.
Louise vai-se apercebendo de que os sacrifícios aos deuses aqui praticados vão muito além dos antigos ritos. E que esta investigação também lhe pode revelar a verdade acerca da enigmática morte de Klaus.
. .Na sua juventude, Klaus e Frandsen pertenciam a um grupo que praticava rituais inspirados em antigas crenças nórdicas.
Quando o cadáver de uma prostituta é encontrado em Hvalsø, perto do carvalho sacrificial onde os membros deste grupo ainda hoje se reúnem, tudo leva a crer que Sune testemunhou algo que não devia, e que pode correr perigo de vida.
Louise vai-se apercebendo de que os sacrifícios aos deuses aqui praticados vão muito além dos antigos ritos. E que esta investigação também lhe pode revelar a verdade acerca da enigmática morte de Klaus.
O Trilho da Morte é o 8º livro da série #Louise Rick, e o
segundo da trilogia da Unidade Especial de Busca. Após a publicação de "As
raparigas esquecidas" pela TopSeller, o primeiro desta trilogia, fiquei
muito curioso em aprofundar os conhecimentos da obra de Sara Blædel.
Por isso, foi com satisfação, que peguei neste livro.
Um adolescente de 15 anos, Sune, desapareceu na floresta de
Hvalsø após um estranho ritual de iniciação. Dias depois descobrem corpos nessa
mesma floresta. Haverá relação entre os casos?
Luise Rick, ao investigar o caso começa a descobrir conexões
com o seu passado e os fantasmas que envolvem o aparente suicídio de Klaus (o
seu primeiro grande amor) regressam com mais força. No meio de rituais que têm
no seu cerne práticas ancestrais nórdicas e um pacto a toda a prova entre os
seus membros, Luise terá dificuldades em quebrar esta corrente e descobrir as
verdades inconvenientes que teimam em esconder-lhe.
Gostei como foi projectado o enredo. Uma investigação que
começa fria, sem grandes aspirações a que se torne algo mais do que a fuga de
um adolescente, por vontade própria, com dificuldades em gerir a doença da mãe,
uma fuga de uma realidade difícil, para passar para um crescendo na dinâmica e
na complexidade do desaparecimento.
O foco do livro não é o de descobrir a razão do desaparecimento
do jovem nem sequer encontrar o responsável pelo crime, até porque desde cedo o
leitor é conhecedor das motivações da fuga e do contexto em que a mesma
aconteceu. Há assim um direccionar da atenção do leitor para o caminho em si,
quer a nível da investigação quer a nível da progressão pessoal da personagem
principal, Louise. Parece haver uma divisão de atenção, se assim se puder
dizer, do caso de desaparecimento e da procura de saber o que aconteceu a
Klauss, que se tornou uma obsessão para a detective.
No campo emocional, vemos a personagem a começar uma relação
com o seu colega que também trás os seus fantasmas na bagagem. Mas que se
mostra muito compreensivo perante os dilemas e os rasgos de intempestividades que
assolam Louise quando o assunto é Klaus.
No seguimento do livro anterior, Sara Blaedel, cria
situações de grande tensão propiciando uma leitura fluída e prazerosa. O livro
vale também pela caracterização, por mostrar personagens credíveis, que não são
super heróis e que vivem com maior ou menor intensidade a sua profissão,
deixando-se levar, muitas vezes, por motivações pessoais.
O livro tem, a meu ver, uma mensagem subtil, a da
necessidade da sociedade se ajustar à realidade que vivemos. A necessidade de
uma relação bidireccional que medeie a necessidade de nos integrarmos e de nos
adaptarmos ao contexto em que nos inserimos e, por outro lado, adaptarmos esse
mesmo contexto à nossa realidade, à razoabilidade e bom senso.
Estou muito curioso com o desfecho desta trilogia e em saber
o que aconteceu a Klauss, embora já tenha algumas suspeitas. Espero ser
surpreendido.