Opinião: Quatro – Histórias da Série Divergente de Veronica Roth





 

Dois anos antes de Beatrice Prior ter feito a sua escolha, o filho de 16 anos do líder dos Abnegados fez o mesmo. A transferência de Tobias para os Intrépidos é a última oportunidade para um recomeço. Na nova fação não será conhecido pelo nome que os pais lhe deram, pois não permitirá que o medo o reduza a uma criatura indefesa.

Agora conhecido como “Quatro”, Tobias depressa descobre que os Intrépidos foram a opção certa. No entanto, a Iniciação é apenas o começo, pois Quatro terá de conquistar o seu lugar na hierarquia da nova fação. As suas decisões afetarão futuros Iniciados, além de deixarem a descoberto segredos que poderão ameaçar o seu próprio futuro – e o futuro de todo o sistema de fações.

Para os fãs da saga Divergente, pela autora bestseller do New York Times Veronica Roth, surge Quatro, um volume complementar que inclui quatro novas histórias anteriores à narrativa principal e três cenas exclusivas de Divergente – todas contadas do ponto de vista de Tobias Eaton.







Fiquei contente por ter a possibilidade de entrar uma vez mais no mundo de Tris e de Quatro. Em tempos já tinha lido uma história na perspectiva de Quatro disponibilizada pela autora por isso foi com curiosidade que me entreguei a este livro.

Este livro divide-se em 4 capítulos referentes e sob o ponto de vista de Tobias, os três primeiros ("A transferência", "O iniciado", e "O filho") têm lugar antes de Quatro conhecer Tris, e enquadram a história (backstory) de Tobias e o seu processo de iniciação. O quarto capitulo "O Traidor" mostra Quatro após conhecer"Tris". Neste livro a autora explora as opções e motivações da personagem mostrando o caminho trilhado pela personagem.

Acrescem ainda algumas cenas (3) de Divergente pela perspectiva de Quatro.

Em "Quatro" acompanhamos um pouco da vida complicada de Tobias, e a sua iniciação. De alguma forma enquadra-se e contextualiza-se Tobias, uma vez que na trilogia tínhamos uma perspectiva muito “limitada” e confinada à visão de Tris, aqui a história ganha perspectiva, amplitude e dimensionalidade.

Este livro, para mim, embora tenha lugar, cronologicamente, antes de "Divergente" deve ser lida no final da trilogia! É simples a razão, existem muitos detalhes que não foram tão explorados como em Divergente. Mas compreende-se …, uma vez que de outra forma poderia tornar-se fastidioso para os fãs da trilogia sedentos de mais informação deparar-se com uma repetição dos factos, até porque o efeito da descoberta da organização deste mundo, o processo da escolha e outros elementos da logística e orgânica tiveram o seu auge em "Divergente" quando o leitor mergulhava por primeira vez nesta história.

Foi concerteza uma opção acertada. Nota-se que esta foi uma opção consciente, uma vez que a autora teve o cuidado de alterar a forma e alguns detalhes do processo de iniciação decorrido entre Tobias e Beatrice.

Veronica Roth continua com a sua escrita harmoniosa e acolhedora.

Aguardo com expectativa novas obras da autora, para verificar se o seu registo se mantém ou se nos vai surpreender. As expectativas estão altas.

É um livro que não poderia deixar de ler.




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