Archive for janeiro 2018

Opinião: O Deus do Deserto de Wilbur Smith

«Um dos autores de thrillers mais apreciados em todo o mundo.»
Washington Posts


 

Para mais informações consulte o site da Editorial Presença aqui.


 



Nas vastas planícies do Egito, nas margens do Nilo, surge um herói.

Taita, um escravo eunuco liberto, usa com subtileza a sua auturidade. Não só é um dos principais conselheiros do Faraó Tamose, como é também o guardião das suas irmãs mais novas, as princesas Tehuti e Bekatha.

O reino não está em paz. Enfrenta os ataques dos seus inimigos de sempre, os Hicsos do Norte. Para finalmente conseguir esmagá-los, o Faraó procura o apoio do seu amigo mais fiável. Taita, filósofo, poeta e um estratega militar exímio, prepara um plano para destruir os exércitos dos Hicsos e estabelece uma aliança com Creta.

Este plano conduzi-lo-á, juntamente com Zaras, o comandante da expedição planeada, e os seus corajosos guerreiros, a uma perigosa jornada pelo Nilo acima, através da Arábia, até à cidade mágica de Babilónia e, em seguida, mar adentro até Creta.

É uma missão de alto risco que custará muitas vidas e tempo. E Taita não poderá ignorar as suas responsabilidades inerentes à segurança das duas joviais princesas Tehuti e Bekatha, cuja atração pelos guerreiros que lideram as tropas ameaça o seu plano meticuloso e o próprio futuro do Egito.

Wilbur Smith é um mestre na reconstituição de uma das maiores histórias de todos os tempos....




Eu já tinha lido um livro de Wilbur Smith "A Lei do Deserto" e essa foi a bagagem com que entrei neste livro. Mas este é muito melhor, embora esteja a comparar géneros diferentes.

São tempos conturbados os que se vivem no Egipto em que se luta pela manutenção do território e pela sobrevivência do reino. 
Qualquer pequena variável pode fazer pender a balança! 
Poderá um só homem alterar o futuro de um reino com a sua astucia? 
O Deus do Deserto foi para mim uma surpresa!

Com um estilo muito próprio o livro apresenta-nos Taita e suas duas jovens princesas. E através de bao, um jogo, entramos na história e percebemos que Taita não é apenas um escravo eunuco liberto, é antes um estratega e um inteligente adversário bem consciente das suas aptidões. 

Não pude deixar de fazer a associação de Taita com o famoso eunuco Lord Varys da Guerra dos Tronos. Ambos me despertaram a curiosidade e sempre se apresentaram com um enorme potencial enquanto personagens. Discretos e misteriosos...

São várias as características que partilham. Antes de mais o facto de ambos serem eunucos, que é algo que os define tanto na conduta como na forma como actuam, se apresentam e são vistos. 
Depois há a inteligência e aparente humildade. Mas acima de tudo há a sua capacidade extraordinária de manipulação e antecipação revestida de aparente humildade.

Apesar de não ser o primeiro livro e sim o quinto da série #Ancient Egypt, e eu não ter lido os anteriores, confesso que não senti falta de quaisquer preâmbulos para mergulhar na história. Rapidamente "entrei" no enredo e me senti confortável. Gostaria de ter a oportunidade de ler mais livros desta série, de preferência pela ordem original, é certo. 

Outro dos apelativos é a mitologia que emprega a história e que eu adoro. A mistura entre aventura, um subtil toque de fantasia e o romance conquistam de imediato vários tipos de público-alvo.

O livro está bem estruturado, evidência de uma forma explícita os dotes e a imaginação do autor. 

Gostei muito. Fiquei agradavelmente surpreendido.

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Marcada para Morrer de Peter James


« o The Times considera que «este livro consegue reunir todos os atributos de James e ser a sua história mais cativante e assustadora até agora», ideia corroborada pelo Huffington Post («Este pode ser o melhor livro de Peter James até agora. Realmente talentoso. Um livro que não se consegue pousar.»)»


Um grito assustador. Foi a última coisa que Jamie Ball ouviu da sua noiva Logan. Depois, a chamada caiu e Logan desapareceu. Nessa tarde, os restos de uma jovem mulher morta há trinta anos são encontrados numa escavação.

Para o detetive superintendente Roy Grace e a sua equipa estes dois casos não parecem estar relacionados. Até que outras jovens mulheres desaparecem, mais corpos emergem e uma nova pista surge: uma informação crucial que um distinto psiquiatra descobre através de um paciente, mas que só a polícia deveria saber… E o detetive tem a arrepiante impressão de que é essa a chave para entender os crimes do passado e do presente. Se é o mesmo assassino, porquê a pausa entre as mortes? Quem se esconde por trás destes crimes brutais?

O detetive Roy Grace nem imagina a perversidade que o espera…
Tem um encontro marcado com o mal




http://www.clubedoautor.pt/public/ClubeDoAutor/Peter James é autor de vários romances, traduzidos em 36 línguas. Foi eleito o melhor autor de thrillers pela cadeia de livrarias WH Smith e, para muitos leitores, é considerado o melhor autor deste género de livros. Ao longo da sua carreira, recebeu várias distinções, entre as quais o Diamond Dagger Award, o Prix Polar International e o Prix Coeur Noir. Três dos seus primeiros livros foram adaptados para o cinema.

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Pecados Santos de Nuno Nepomuceno


Um rabino é encontrado morto numa das mais famosas sinagogas de Londres. O corpo, disposto como num quadro renascentista, representa o sacrifício do filho de Abraão, patriarca do povo judeu.

O caso parece ficar encerrado quando um jovem professor universitário a lecionar numa das faculdades da cidade é acusado do homicídio.

Mas é então que ocorrem outros crimes, recriando episódios bíblicos em circunstâncias cada vez mais macabras. E as dúvidas instalam-se.

Estarão ou não estes acontecimentos relacionados?

Porque insistirá a sua família em pedir ajuda a um antigo professor, ele próprio ainda em conflito com os seus próprios pecados?

As autoridades contratam uma jovem profiler criminal para as ajudar a descobrir a verdade. Mas conseguirá esta mente brilhante ultrapassar o facto de também ela ter sido uma vítima no passado?


 
Nuno Nepomuceno venceu em 2012 o Prémio Literário Note! com

O Espião Português, o seu primeiro romance. Seguiram-se A Espia do Oriente e A Hora Solene, com os quais concluiu a trilogia Freelancer, ambos publicados em 2015, o mesmo ano em que integrou a coletânea Desassossego da Liberdade com o conto «A Cidade».

Em 2016 lançou A Célula Adormecida, o primeiro thriller psicológico da sua carreira.

Já foi n.º 1 do top de vendas de livros policiais em lojas como a Fnac, Bertrand, Wook e Amazon.

Desde 2017 que passou a ser representado pela Agência das Letras.

Notabilizado pela sua narrativa elegante, Pecados Santos assinala o seu regresso ao thriller psicológico.


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Resultado Passatempo: A Menina Silenciosa Série Sebastian Bergman





O blog Livro e Marcadores e a Suma de Letras agradecem as participações.
O(a) vencedor(a) foi:






Lília Margarida da Rocha Neves - Ponte de Lima





Parabéns
A equipa do "Livros e Marcadores" 


 

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Opinião: O Homem de Giz de C. J. Tudor


««Imaginativo, com uma temática intrigante que abarca dois universos fascinantes. Uma galopada frenética, profunda e sedutora, impregnada de suspense. Um tempo muito bem passado.»
Steve Berry, autor best-seller do New York Times

«Uma história inteligentemente concebida e habilidosamente contada sobre segredos, mentiras e paixões distorcidas, um protagonista perturbado, um terrível assassínio que não era o que parecia ser e um monstro odioso no centro de tudo.»
John Vernon, autor best-seller de Pensa Num Número

«[Há] muito tempo que não tinha uma noite em branco devido a um livro. O Homem de Giz mudou isso. Muitos parabéns C.J.Tudor!»
Fiona Barton, autora best-seller de A Viúva e O Silêncio 
Toda a gente tem segredos.
Toda a gente é culpada de alguma coisa.
E as crianças nem sempre são inocentes.

Tudo aconteceu há trinta anos, e Eddie convenceu-se de que o passado tinha ficado para trás. Até ao dia em que recebeu uma carta que continha apenas duas coisas: um pedaço de giz e o desenho de uma figura em traços rígidos. À medida que a história se vai repetindo, Eddie vai percebendo que o jogo nunca terminou. Um mistério em torno de um jogo de infância que enveredou por um caminho perigoso..


Um thriller com uma atmosfera densa e viciante que se passa em dois registos, em 1986 e nos nossos dias. A trama tem origem em 1986 e após um hiato de trinta anos, o passado surge para transformar a vida de Eddie.

As influências de Stephen King e o toque de Irvine Welsh, conferem ao livro não só um tipo de narrativa diferente como um suspense ao limite. Contribui também para que a história tenha um desfecho muito «real» e chocante.

O Homem de Giz conta-nos a história de um grupo de crianças, não poupando nos pormenores sociais onde estão inseridos e em como as influências de famílias disfuncionais, contribuem para exacerbar o imaginário infantil.






Volvidos 30 anos, um evento regressa do passado para assombrar os 5 amigos.

Começo pelo fim! Adorei este livro, antes de tudo pela irreverência do estilo, pelo inconformismo da prosa e pela verossimilidade empregue na construção da personagem principal. Uma extraordinária estreia literária.


O livro conta a história de Eddie, actualmente professor de 42 anos mas que vive preso ao passado. Aos 12 anos, Eddie, vive uma experiência única que o vai marcar para sempre. Ele e o seu grupo de 5 amigos encontram, com a ajuda de desenhos a giz, o cadáver de uma jovem! Apesar desse episódio insólito nunca o ter abandonado, 30 anos depois a história volta a assombrá-lo.

A questão que prevalece na história até ao fim é a identidade do assassino - não há excluídos, só alternativas. Será que ele voltou a matar?

A construção da personagem Eddie é deliciosa. Há nela uma consistência pragmática que me afectou. 

Eddie é um professor de 42 anos, cleptomaníaco, que está irremediavelmente ligado ao seu passado. Apresenta-se quase desprovido de vida social, de alguma forma solitário na plenitude da palavra. O seu discurso transparece maturidade, mas por outro lado, os seus pensamentos fornecem-nos tragos de infantilidade, por vezes sofrêgos . Esta pureza inocente que transparece de uma carência emocional é tão realística que surpreende!

Quando se expõe ao leitor, continuamos a ver a criança de 12 anos, de há 30 anos atrás. Continuamos a ver a falta de capacidade para lidar com as emoções, as constantes hesitações.

Mas não foi só na construção da personagem principal que C.J. Tudor surpreendeu! Surpreendeu na história, na forma como nos vai guiando ao longo do enredo. Como nos deixa em suspenso a cada reviravolta. Como nos faz ganhar uma falsa segurança no desfecho e nos troca as voltas a todo o momento.

A sua escrita é peculiar, conseguimos facilmente encontrar resquícios de influências dos grandes autores deste género literário, mas penso que há acima de tudo uma escrita original e arrebatadora que sobressai pela diferença e firmeza  com que dirige o enredo.



Há no seu discurso uma suave irreverência, uma disputa entre o convencional e a genuíno que caem bem no discurso. Convidam a uma subtil intimidade. 

 «Não tenho nada contra Guerry. Na verdade também não tenho nada a favor dele, mas parece fazer a
minha mãe feliz, e isso, como gostamos de mentir, é o mais importante» P29 ("Conversa da personagem com o leitor")
Vejo muito potencial nesta autora. Mal posso esperar que seja publicado dia 16 de Janeiro para ver as reacções dos leitores em geral. Anseio pelo próximo livro. Parabéns Planeta pela excelente aposta, este será concerteza um peso pesado das novidades literárias de 2018.


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