Opinião: O Deus do Deserto de Wilbur Smith

«Um dos autores de thrillers mais apreciados em todo o mundo.»
Washington Posts


 

Para mais informações consulte o site da Editorial Presença aqui.


 



Nas vastas planícies do Egito, nas margens do Nilo, surge um herói.

Taita, um escravo eunuco liberto, usa com subtileza a sua auturidade. Não só é um dos principais conselheiros do Faraó Tamose, como é também o guardião das suas irmãs mais novas, as princesas Tehuti e Bekatha.

O reino não está em paz. Enfrenta os ataques dos seus inimigos de sempre, os Hicsos do Norte. Para finalmente conseguir esmagá-los, o Faraó procura o apoio do seu amigo mais fiável. Taita, filósofo, poeta e um estratega militar exímio, prepara um plano para destruir os exércitos dos Hicsos e estabelece uma aliança com Creta.

Este plano conduzi-lo-á, juntamente com Zaras, o comandante da expedição planeada, e os seus corajosos guerreiros, a uma perigosa jornada pelo Nilo acima, através da Arábia, até à cidade mágica de Babilónia e, em seguida, mar adentro até Creta.

É uma missão de alto risco que custará muitas vidas e tempo. E Taita não poderá ignorar as suas responsabilidades inerentes à segurança das duas joviais princesas Tehuti e Bekatha, cuja atração pelos guerreiros que lideram as tropas ameaça o seu plano meticuloso e o próprio futuro do Egito.

Wilbur Smith é um mestre na reconstituição de uma das maiores histórias de todos os tempos....




Eu já tinha lido um livro de Wilbur Smith "A Lei do Deserto" e essa foi a bagagem com que entrei neste livro. Mas este é muito melhor, embora esteja a comparar géneros diferentes.

São tempos conturbados os que se vivem no Egipto em que se luta pela manutenção do território e pela sobrevivência do reino. 
Qualquer pequena variável pode fazer pender a balança! 
Poderá um só homem alterar o futuro de um reino com a sua astucia? 
O Deus do Deserto foi para mim uma surpresa!

Com um estilo muito próprio o livro apresenta-nos Taita e suas duas jovens princesas. E através de bao, um jogo, entramos na história e percebemos que Taita não é apenas um escravo eunuco liberto, é antes um estratega e um inteligente adversário bem consciente das suas aptidões. 

Não pude deixar de fazer a associação de Taita com o famoso eunuco Lord Varys da Guerra dos Tronos. Ambos me despertaram a curiosidade e sempre se apresentaram com um enorme potencial enquanto personagens. Discretos e misteriosos...

São várias as características que partilham. Antes de mais o facto de ambos serem eunucos, que é algo que os define tanto na conduta como na forma como actuam, se apresentam e são vistos. 
Depois há a inteligência e aparente humildade. Mas acima de tudo há a sua capacidade extraordinária de manipulação e antecipação revestida de aparente humildade.

Apesar de não ser o primeiro livro e sim o quinto da série #Ancient Egypt, e eu não ter lido os anteriores, confesso que não senti falta de quaisquer preâmbulos para mergulhar na história. Rapidamente "entrei" no enredo e me senti confortável. Gostaria de ter a oportunidade de ler mais livros desta série, de preferência pela ordem original, é certo. 

Outro dos apelativos é a mitologia que emprega a história e que eu adoro. A mistura entre aventura, um subtil toque de fantasia e o romance conquistam de imediato vários tipos de público-alvo.

O livro está bem estruturado, evidência de uma forma explícita os dotes e a imaginação do autor. 

Gostei muito. Fiquei agradavelmente surpreendido.

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