Barry Eisler
Título: Tokyo Killer
Autor:
Barry Eisler
Págs:
288
Editora: Saída de EmergênciaGénero: Policial / Thriller
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Sinopse:
John Rain é um assassino. O seu talento é matar. A sua especialidade: fazer com que pareça um acidente ou morte por causas naturais. Mas Rain tem as suas próprias regras e sabe que não as pode quebrar. Meio americano, meio japonês, ele é um mercenário treinado para fazer o trabalho sujo que os governos negam existir. Na frenética cidade de Tóquio, até uma carruagem de metropolitano em hora de ponta, está repleta de oportunidades para provocar a morte de uma vítima.
John Rain pode não ser um bom homem, mas é bom naquilo que faz. Confiante, discreto… ele é o melhor assassino que o dinheiro pode comprar. Até ao dia em que se apaixona pela sedutora filha de um homem que matou. Todas as suas regras estão em causa. E o amor pode tornar-se o seu maior inimigo.
Opinião:
Começo por dizer que gostei do livro. Achei-o agradavelmente “fotográfico”.
Realço a descrição detalhada e contagiante dos métodos que
usa, do cuidado na explicação dos conhecimentos da personagem, dando-lhe uma
postura mais fidedigna e um "backstory legítimo". Realço também o pormenor da
ausência da invencibilidade que por vezes os autores se vêm tentados a dar ao seu
herói, e assim lhe tiram o factor que torna o personagem mais verosímil, a
fragilidade (neste caso física). John é um personagem cativante, ardiloso, cheio de recursos, que tem noção dos seus
pontos fracos, apesar de ser (exemplarmente) uma personagem dura e fortemente marcado
por um passado bem enraizado.
No enredo deliciei-me com a descrição da realidade nipónica,
da sua mecânica, da descrição de Tóquio, por quem tinha imensa curiosidade. Os
pequenos bares que descreve, o quotidiano singular e atarefado de um povo
vestido de um formalismo muito próprio são pontes fortes.
Encerra também uma vertente política, direccionada para a corrupção,
mas não maçuda. O autor conseguiu dar-lhe uma perspectiva interessante e
desempenhou um papel importante, nas várias camadas que se vão despindo até
perceber toda a complexidade que a história encerra.
Acabo da mesma forma que comecei, gostei do livro,
recomendo, e espero que tenha oportunidade de ler o seguinte livro da série.
Este livro lembra-me um bom whisky que temos que saber saborear, pausadamente, ao som de um bom Jazz ... (Quando lerem o livro percebem também o paralelismo desta última frase). ;)