«Por favor, faça uma lista de todos os bens que considera essenciais na sua vida.» O pedido parece estranho, até intrusivo.
É a primeira pergunta de um questionário de candidatura a uma casa perfeita, a casa dos sonhos de qualquer um, acessível a muito poucos.
Para as duas mulheres que respondem ao questionário, as consequências são devastadoras. Emma: A tentar recuperar do final traumático de um relacionamento, Emma procura um novo lugar para viver. Mas nenhum dos apartamentos que vê é acessível ou suficientemente seguro.
Até que conhece a casa que fica no n.º 1 de Folgate Street. É uma obra-prima da arquitectura: desenho minimalista, pedra clara, muita luz e tectos altos. Mas existem regras. O arquitecto que projectou a casa mantém o controlo total sobre os inquilinos: não são permitidos livros, almofadas, fotografias ou objectos pessoais de qualquer tipo.
O espaço está destinado a transformar o seu ocupante, e é precisamente o que faz… Jane: Depois de uma tragédia pessoal, Jane precisa de um novo começo. Quando encontra o n.º 1 de Folgate Street, é instantaneamente atraída para o espaço — e para o seu sedutor, mas distante e enigmático, criador.
É uma casa espectacular. Elegante, minimalista. Tudo nela é bom gosto e serenidade. Exactamente o lugar que Jane procurava para começar do zero e ser feliz. Depois de se mudar, Jane sabe da morte inesperada do inquilino anterior, uma mulher semelhante a Jane em idade e aparência. Enquanto tenta descobrir o que realmente aconteceu,
Jane repete involuntariamente os mesmos padrões, faz as mesmas escolhas e experimenta o mesmo terror que a rapariga de antes. O que aconteceu à rapariga de antes?
É a primeira pergunta de um questionário de candidatura a uma casa perfeita, a casa dos sonhos de qualquer um, acessível a muito poucos.
Para as duas mulheres que respondem ao questionário, as consequências são devastadoras. Emma: A tentar recuperar do final traumático de um relacionamento, Emma procura um novo lugar para viver. Mas nenhum dos apartamentos que vê é acessível ou suficientemente seguro.
Até que conhece a casa que fica no n.º 1 de Folgate Street. É uma obra-prima da arquitectura: desenho minimalista, pedra clara, muita luz e tectos altos. Mas existem regras. O arquitecto que projectou a casa mantém o controlo total sobre os inquilinos: não são permitidos livros, almofadas, fotografias ou objectos pessoais de qualquer tipo.
O espaço está destinado a transformar o seu ocupante, e é precisamente o que faz… Jane: Depois de uma tragédia pessoal, Jane precisa de um novo começo. Quando encontra o n.º 1 de Folgate Street, é instantaneamente atraída para o espaço — e para o seu sedutor, mas distante e enigmático, criador.
É uma casa espectacular. Elegante, minimalista. Tudo nela é bom gosto e serenidade. Exactamente o lugar que Jane procurava para começar do zero e ser feliz. Depois de se mudar, Jane sabe da morte inesperada do inquilino anterior, uma mulher semelhante a Jane em idade e aparência. Enquanto tenta descobrir o que realmente aconteceu,
Jane repete involuntariamente os mesmos padrões, faz as mesmas escolhas e experimenta o mesmo terror que a rapariga de antes. O que aconteceu à rapariga de antes?
Este livro para mim foi uma surpresa!
A descrição da casa é incrível! A candidatura para lá morar
é surreal, excêntrica, e ainda assim dou por mim a cobiçar aquele lugar!
A invejar aquele reduto de sossego e de solidão. Embora
julgue que provavelmente seria expulso nas primeiras horas da minha estadia
ali! :)
Obviamente não conseguiria viver num lugar onde não pudesse
deixar os meus livros pelas divisões da casa.
Não, não é desarrumação, é apenas
a necessidade de ter uma viagem, um mundo novo ao alcance do desejo ou da
necessidade. Esse concerteza seria um dos poucos entraves. De resto tudo
naquela casa chama por mim. Os contornos minimalistas, o despojo do supérfluo e
tudo com um toque high tech!
Na candidatura, as perguntas são pessoais, atrevidas,
indiscretas e intrusivas. E é aqui, para mim, que o autor consegue a ligação
com o leitor, uma vez que o leva colocá-las a si próprio, a colocar-se, ainda
que por momentos, na pele da personagem.
O papel da candidatura é importante, estende-se e
percorre o livro, como que a lembrar que a estadia não é garantida, tem um
prazo. E que o privilégio de lá viver impõe cedências de privacidade e impele a
exposição.
De uma forma premeditada, as perguntas continuam em jeito de
lembrete, ao longo do livro.
O livro é antes de tudo um convite à reflexão do leitor. O
que para nós é importante? Qual a linha entre a nossa conduta e a moral? Quais
as linhas que a sociedade nos impõe e que nós estamos dispostos (ou não) a quebrar?
A atenção do livro é dividida por duas personagens, Jane e
Emma, distanciadas no tempo, o confronto do passado e o presente. Mundos que
apesar da diferença temporal têm pontos em comum e convidam à descoberta,
despertam a imaginação e incitam a especulação.
Mas não foram unicamente os atributos da casa que fazem
deste thriller uma experiência gratificante. A trama foi bem conseguida,
embalada de uma forma que conduz erraticamente o leitor.
O papel atribuído à casa induz em erro, ludibria a atenção
do leitor! E mais não digo, porque é bom (e o autor conta com) que o leitor
leve as suas próprias expectativas, as suas assunções para logo depois serem
postas à prova!
O apogeu da trama é atingido quando algo insuspeito se
revela. Quando a pseudo verdade se descobre, quando a imagem que antes parecia nítida
ganha contornos mais turvos e nos obriga a focar, a dedicar mais atenção e ver
outras perspectivas não equacionada até agora.
Gostei muito.