A vencedora deste prémio literário britânico, só para mulheres, vai ser conhecida a 30 de Maio em Londres
Fonte:http://ipsilon.publico.pt/livros/texto.aspx?id=303621
Nomeadas ...17ª edição do Prémio Orange para Ficção (só para mulheres)
Três escritoras americanas, uma canadiana, uma britânica e uma irlandesa estão nomeadas para a 17ª edição do Prémio Orange para Ficção que vai ser atribuído a 30 de Maio, em Londres. Entre as seis finalistas está Ann Patchett, a vencedora deste prémio em 2002, e Anne Enright, vencedora do prémio Man Booker, em 2007.
A presidente do júri, Joanna Trollope, considerou terem chegado este ano a uma "shortlist" onde é "notável" a qualidade e variedade. "É um privilégio apresentar esta lista. Só tenho pena que as regras do prémio não permitam que a lista seja mais longa. De qualquer maneira estou convencida de que as 14 obras que tivemos de deixar para trás vão ter o sucesso que merecem", disse a escritora britânica.
Ann Patchett, que já recebeu o Prémio Orange para Ficção há dez anos, em 2002, com o romance "Bel Canto" (ed. Gradiva), está nomeada, este ano, outra vez. É a terceira vez que a escritora norte-americana é seleccionada e concorre com "State of Wonder", romance que se passa na floresta amazónica, no Rio Negro, e é descrito como "um épico". Reflecte sobre a ciência e a memória através da história de uma cientista que trabalha numa droga que poderá mudar a vida das mulheres para sempre.
Outra das seis finalistas da 17ª edição do único prémio literário britânico que distingue o trabalho de escritoras em língua inglesa, é a irlandesa Anne Enright, que já venceu o Man Booker em 2007 com "The Gathering" ("Corpo Presente", ed. Gradiva). Foi escolhida por "The Forgotten Waltz", uma obra que trata da "memória do desejo", conta uma história de amor e traição num subúrbio moderno de Dublin.
Uma primeira obra, "The Song of Achilles", está entre as finalistas. É da escritora norte-americana Madeline Miller, que ensina latim e se inspirou na "Ilíada", de Homero. O júri considerou o livro, que conta a história de Aquiles e das guerras de Tróia, "fabuloso".
A americana Cynthia Ozick, 84 anos, foi escolhida pelo seu sétimo romance, "Foreign Bodies", e tornou-se na escritora com mais idade a ter estado alguma vez na "shortlist" na história deste prémio. Inspirou-se na obra de Henry James para contar a história de Bea Nightingale, uma nova-iorquina que nos anos 1950 parte para França.
A única britânica finalista, Georgina Harding, concorre com "Painter of Silence", um romance no tempo do pós-guerra na Roménia sobre Iasi, um homem surdo-mudo artisticamente dotado.
Por fim, o júri escolheu "Half Blood Blues" da canadiana Esi Edugyan, que foi finalista, do prémio Man Booker 2011 com este romance sobre o remorso e músicos de jazz negros a viver em Paris na altura em que estava ocupada pelos nazis.
O nome da vencedora do prémio no valor de 30 mil libras (pouco mais de 36 mil euros) vai ser anunciado no dia 30 de Maio numa cerimónia no Royal Festival Hall de Londres. O ano passado o prémio foi atribuído a Téa Obreht pelo "A Mulher do Tigre" (ed. Presença).
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